O Consórcio Antiferrugem, rede de entidades de pesquisa que monitora a incidência da ferrugem asiática nas lavouras de soja do Brasil, informou hoje a identificação do primeiro foco da doença na safra 2009/2010 no País.
O foco foi relatado pelo Laboratório de Fitopatologia da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) em soja voluntária, ou seja, germinada espontaneamente em uma estrada de Ponta Porã.
No Mato Grosso do Sul, termina no próximo dia 30 de setembro o período de vazio sanitário, durante o qual o cultivo da lavoura é proibido. A medida tem como objetivo reduzir a quantidade de esporos da ferrugem no ambiente, inibindo o ataque precoce à soja durante a safra.
De acordo com os professores de fitopatologia da UFGD, Walber Gavassoni e Lilian Bacchi, a soja germinou a partir de grãos que caíram nas estradas durante o transporte.
Com o inverno chuvoso, houve germinação e, consequentemente, a umidade facilitou sua infecção pelo fungo causador da ferrugem. "Se as condições climáticas permanecerem favoráveis, a ferrugem pode aparecer mais cedo do que em anos anteriores", informaram Gavassoni e Bachi. "Por isso, é preciso que técnicos e produtores façam o monitoramento de suas áreas desde cedo para que sejam tomadas medidas adequadas de controle da doença", concluíram.
Além do Mato Grosso do Sul, os estados de Goiás, Tocantins, São Paulo e Minas Gerais cumprem até o dia 30 o vazio sanitário da soja. No Mato Grosso e no Paraná, dois maiores produtores do País, o período terminou no último dia 15 e, no Maranhão e Bahia, segue até 15 de outubro, segundo a Embrapa.