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Confinamento deve ter queda de 13% em relação ao ano passado

20 julho 2017 - 14h07Por Canal Rural
Confinamento deve ter queda de 13% em relação ao ano passado

O primeiro semestre de 2017 chega ao fim e o mercado de boi gordo segue em baixa. Para os próximos meses, especialistas preveem diminuição dos confinamentos no segundo semestre.

Segundo o analista de mercado Cesar de Castro, as ofertas de gado de confinamento normalmente começam entre outubro e novembro, mas, neste ano, devem retroceder por conta dos preços mais baixos ao pecuarista.

O cenário não era o esperado, com a vasta oferta de milho e com os preços de reposição em baixa, tudo apontava para um bom resultado em 2017 e, por uma questão estratégica, o pecuarista deveria continuar confinando.

A insegurança causada pela Operação Carne Fraca somada ao fato de que os agricultores, que produziram milho em excesso, não se dispuseram a investir na pecuária teve impacto direto. Lygia Pimentel analista de mercado explica que a situação motivou a queda do volume de animais confinados. “Até o momento, a gente conseguiu registrar 13% mais ou menos. Se for maior que isso a gente pode até voltar a ver a situação que a gente viu em 2010, que foi muito baixo (o número de animais)”.

Por outro lado, a situação favorece uma possível recuperação do valor da arroba já que, na semana passada, o preço em São Paulo chegou a um dos menores patamares dos últimos três anos: R$ 125 segundo levantamento da Scot Consultoria.

Para os especialistas, é provável que a menor oferta de gado em outubro e novembro possa ajudar a aumentar o preço da arroba. Mas isso depende diretamente do consumo interno e das exportações, que não podem sofrer quedas. “Se a gente tiver algum embargo de algum país importante esse cenário muda muito, ai a gente pode ter uma entressafra com sobra de carne aqui no Brasil porque os mercados externos são bastante importantes”, afirma Cesar de Castro.

Em curto prazo, mesmo em meio ao cenário turbulento no mercado, o pecuarista pode encontrar oportunidades interessantes na reposição. Isso porque a relação de troca está mais favorável comparada com o ano passado. Segundo Lygia Pimentel, a relação de troca para quem busca fazer o estoque, pensando na recuperação para os próximos anos, tem sido vantajosa. “É recomendado que se faça, desde que a reposição seja feita entregando um animal plenamente engordado”.