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ASSOCIATIVISMO

Com formato de franquia, Novilho Precoce deve estender atuação nacional em 2026

A partir do associativismo e cooperativismo, entidade de MS abate em média 19 mil animais por mês e já fecha R$ 23 milhões em insumos para produtores

24 novembro 2025 - 11h05Por Da Assessoria | Novilho Precoce MS

Franquear uma associação ou cooperativa ligada à pecuária significa replicar um caminho que levou 27 anos para ser construído, permitindo que produtores de outros estados iniciem suas operações já em um estágio mais maduro, pronto e eficiente. A fala do presidente da Novilho Precoce, Rafael Gratão, justifica o trabalho da associação e da cooperativa NovilhoCoop, que neste ano já movimentou R$ 23 milhões por meio de grupos de compra coletiva, reduzindo custos e fortalecendo o planejamento dos produtores rurais. O discurso ocorreu neste sábado (22), durante evento realizado pela instituição.

Gratão reforça que o objetivo é avançar com iniciativas cooperativistas pelo país em 2026, estimulando o pecuarista a trabalhar em conjunto. “A Novilho Precoce é prova viva disso. Construímos um modelo sólido de união entre produtores. Um modelo que se consolidou não só por organizar processos, mas por fortalecer pessoas, alinhar propósitos e transformar desafios individuais em resultados coletivos”, destaca ao lembrar que Tocantins foi o primeiro estado a replicar o modelo sustentável consolidado em Mato Grosso do Sul. A Associação também recebeu visitas de produtores do Rio Grande do Sul e de Goiás, interessados no modelo que bonifica o produtor pela produção sustentável, reduz custos e busca mercados diferenciados de consumo.

Para o representante do Governo de MS, gestor da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, o formato de trabalho é promissor e sustentável. “Quando a gente olha as estatísticas e percebe que, nos últimos 10 anos, retiramos em Mato Grosso do Sul 5 milhões de hectares de pastagens e destinamos ao eucalipto, à soja, ao milho, a citros ou outras culturas, isso poderia parecer inadequado. Mas os dados mostram que houve manutenção do rebanho, redução da idade média de abate no estado em mais de 17 meses e políticas públicas voltadas ao setor, demonstrando claramente que a pecuária brasileira, e especialmente a sul-mato-grossense, é modelo.”

Segundo Lucas Galvan, superintendente do Senar/MS, “o que a Novilho faz é colocar esse ritmo de precocidade nos nossos animais, incorporando inovação e posicionando a pecuária de Mato Grosso do Sul nos mercados mundiais. São iniciativas que fazem da nossa pecuária uma atividade ainda mais de vanguarda, mais inovadora e que traz resultados para toda a sociedade”.

Os dados apresentados no evento mostram a expansão contínua da Associação Novilho Precoce. No abate, a média mensal evoluiu de 17.797 animais em 2024, somando 213.561 no ano, para uma projeção de 19.014 cabeças por mês em 2025, chegando a 228.175 no acumulado anual. O número de associados ativos também aumentou em cerca de 30% em 2025, reforçando o avanço e a consolidação do associativismo.

Para o superintendente da Novilho Precoce, Alexandre Guimarães, o objetivo ultrapassa interesses financeiros. “A franquia não é um negócio comercial. É uma ferramenta de expansão do cooperativismo e do associativismo. É a forma estruturada de levar a outros estados aquilo que aprendemos, acertamos, erramos e aprimoramos em quase três décadas”, finaliza.

Durante evento realizado pela Associação, participaram como palestrantes o professor e referência em marketing no agronegócio, José Luiz Tejon e o professor de filosofia, Guilherme Freire.