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Mercado pecuário

Com exportação em ritmo forte, mercado do boi gordo mira as atenções para consumo doméstico da carne

Estabilidade nas cotações da arroba: pecuaristas e frigoríficos operaram com cautela, preparando as estratégias de negociação para o início de setembro

01 setembro 2025 - 11h20Por Portal DBO
Com exportação em ritmo forte, mercado do boi gordo mira as atenções para consumo doméstico da carne

O mercado físico do boi gordo registrou movimentação consistente nos últimos dias, sob influência direta da disponibilidade ajustada de animais prontos para abate, resume a Agrifatto em boletim enviado nesta sexta-feira (29/8) aos seus assinantes.

Portanto, diz a consultoria, a relação de oferta e demanda continua bastante equilibrada, o que garante estabilidade nas cotações da arroba, mas com tendência altista.

O viés de alta do boi é atribuído sobretudo ao forte ritmo das exportações brasileiras de carne bovina in natura (resfriada, fresca e congelada), além da possibilidade de aquecimento nas vendas domésticas nas próximas semanas,  puxadas pelo pagamento dos salários no início de setembro.

Pelos dados apurados pela Agrifatto, atualmente, os frigoríficos estabelecidos em SP, MS e PR fecham negócios a R$ 320/@ em determinados casos envolvendo lotes de animais terminados, enquanto as indústrias de MT, PA e TO operaram com compras por volta de R$ 300 – não há, porém, consolidação dessas referências.

Nesse contexto, todas as 17 regiões monitoradas diariamente pele equipe de analistas da Agrifatto fecharam a semana com preços estáveis para as categorias de boiadas prontas para abate – sem alterações em relação ao dia anterior (quinta-feira, 28/8).

Segundo a Agrifatto, os frigoríficos brasileiros de maior relevância mantêm sua estratégia voltada para exportação, o que contribui diretamente para a firmeza das cotações do boi gordo.

“O setor externo, com desempenho histórico forte, segue impulsionando tanto o volume quanto o faturamento dos frigoríficos brasileiros”, ressaltam os analistas da consultoria.

Por sua vez, continua a Agrifatto, as plantas brasileiras focadas no mercado interno apresentam postura mais contida nos balcões de negociação, aguardando tradicionalmente uma reação positiva da demanda logo no início do próximo mês.

Do lado de dentro das porteiras, diz a consultoria, os pecuaristas adotam uma postura cautelosa, ofertando volumes de maneira gradual e aguardando possíveis valorizações no curto prazo.

Tal conjuntura, reforça a Agrifatto, permite que ambos os lados – produtores e indústrias – ajustem suas estratégias sem pressões excessivas do mercado.