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Com apoio do Governo, projeto pretende elevar logística ferroviária de MS a um novo patamar

20 dezembro 2017 - 11h56Por Semagro MS

Projeto em andamento, a Ferrovia TransAmericana pode elevar a logística de Mato Grosso do Sul a um novo patamar nos próximos anos. Idealizado desde 2015 e com previsão de ser executado a partir de 2019, a ação tem apoio do Governo do Estado e do Itamaraty, por reconhecerem a importância do investimento para a economia regional.

Nesta terça-feira (19), o diretor executivo do projeto, Daniel Rossi apresentou o andamento das ações ao Governo de Mato Grosso do Sul, prefeitos das cidades contempladas e a imprensa. Ele falou sobre o passo a passo para que a ferrovia saia do papel e a importância do apoio do Governo neste processo.

O secretário titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Jaime Verruck lembrou que as tratativas do governo pela ferrovia começaram em 2015 para que a malha fosse reativada e apesar de ser um projeto a longo prazo, é extremamente importe para o Estado.

“Chegamos na melhor hipótese que nós poderíamos do projeto, com a demanda toda levantada, possibilidade de investidores internacionais, conseguimos leva-lo ao Programa de Parcerias e Investimentos do Governo Federal, assinamos um acordo com a Bolívia que vai participar como sócia da ferrovia. Então assim ela deixa de ser uma ferrovia de MS e passa a ser do país ligando do Peru ao porto de Santos”, destacou.

A Ferrovia desponta como um corredor logístico integrado, conectando terminais, ferrovias e portos, entre eles o Porto Seco de Três Lagoas (em andamento) e o Porto de Santos. Com ramais que vão da fronteira com a Bolívia até São Paulo, os produtos dessa região ganhariam patamar internacional, chegando a muitos países importadores.

O governador Reinaldo Azambuja esteve presente no evento e falou sobre o empenho de seu governo para que a ferrovia seja um modal efetivamente importante. “Sou muito otimista no que está sendo desenhado por todas essas empresas. Todas estão com um discurso alinhado por um bem maior, transformar a logística do Estado e do país”, disse.

O estudo de viabilidade econômica mostrou que há potencial para que o modal escoe celulose, grãos (soja, milho e farelo), combustível, fertilizantes, ferro-gusa, minério de ferro, ureia, madeira e açúcar. Daniel Rossi destaca que para que a ferrovia seja viável é necessário o máximo de produtos passando por lá, mas não há ainda uma estimativa de carga anual.

Porém, a viabilidade da ferrovia depende de vários fatores como a prorrogação por mais 30 anos da concessão da Ferroeste à Rumo, de um road show com empresários e o financiamento do empreendimento orçado previamente em 2 bilhões de dólares.

“Esse é um projeto transformacional que por meio do transporte de bens de consumo e de itens frigoríficos, vai levar desenvolvimento às cidades por onde passa o traçado”, afirma Daniel Rossi ao lembrar que para que seja executado com excelência é necessário apoio de todos os segmentos.

O projeto engloba 1,6 mil km de ferrovia de Santos a Corumbá e outros 600 km dentro da Bolívia, totalizando 2,4 mil km. O investimento inicial será feito em modernização da malha ferroviária, que foi construída na década de 60 e está totalmente defasada.