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Carrossel para vacas facilita ordenha, manejo e limpeza na Nova Zelândia

17 junho 2012 - 02h28Por GR

Auckland (Nova Zelândia) - Computadores, carrossel, portões automáticos, adesivos e spray com tinta orgânica. Tudo isso faz parte do dia-a-dia dos fazendeiros da Nova Zelândia, país localizado na Oceania e bastante conhecido pela atividade pecuária leiteira. E agora, as próprias vacas neo-zelandesas é quem já estão se habituando a tanta tecnologia. "Elas aprendem rápido.

Com duas ou três vezes no carrossel, elas já sabem a hora que devem entrar e a hora que devem sair", explica o fazendeiro Murray Shaw, que tem uma propriedade rural no norte de Auckland e há alguns meses utiliza um carrossel de vacas para trabalhar.

Com a engenhoca, Shaw consegue manejar diariamente suas 500 vacas Holandesas e isso inclui ordenha-las quatro vezes por dia, insemina-las no período planejado e tratá-las. "Elas vão entrando no carrossel, uma a uma, e quando concluem o trabalho, saem por um corredor com portões automáticos.

Então, se eu notei que há algo errado com algum animal, aciono o portão e ele vai para um curral separado", explica. "É tudo muito organizado, e não há estresse para as vacas". Murray diz que os animais aprendem rápido como se comportar no equipamento. "Elas se acostumam e aprendem. Esta educação é feita com jatos de água.

Então, ela sabe que se está chegando perto do jato de água, é hora de dar ré e sair". O fazendeiro consegue controlar todas as vacas que estão no carrossel, 60 no total, ao mesmo tempo. Diariamente, ele lida com 450 animais. Quando as vacas sobem no carrossel, automaticamente já tem o seu peso medido e recebem um jato de solução desinfectante no úbere. As balanças embutidas no carrossel apontam o peso da vaca e os sensores dos equipamentos de ordenha vão mostrando, em um painel digital, quantos litros são retirados por segundos. "Tudo vai para este computador.

Aqui eu sei qual é a temperatura do leite, a quantidade de sólidos, de litros, tudo", explica Shaw. "Se houver algum problema de desequilíbrio desses números, o computador acusa. Se for à noite, eu sou acionado pelo telefone celular e venho correndo aqui", diz. A cada hora, Shaw imprime um papel no seu computador com todas as informações referentes à produção daqueles 60 minutos.

No extrato, há a quantidade exata de leite, gordura, proteína, caseína, água e outros componentes. As 500 vacas de Shaw, que divide a administração da fazenda com seu irmão, Owen, estão sendo inseminadas agora, antes do início do inverno neo-zelandês e cada uma delas é devidamente identificada por adesivos em seu traseiro. "Com estes patches, que são coloridos, você pode anotar cada detalhe, cada etapa. Anota que dia foi inseminada, que horas", explica Andrew Oakley, proprietario de uma empresa que inventa soluções inteligentes e brincos eletrônicos para animais.

"Não se preocupe que o adesivo não sai do pelo dela", avisa. Como em toda Nova Zelândia, o inverno é um período de calmaria nas fazendas leiteiras. "Como a pastagem deste período não está em suas melhores condições, aproveitamos para fazer manutenções, inseminar as vacas, investir em novas tecnologias", conta Douglas Rippley, gerente da fazenda Fonterra, a maior processadora de leite do mundo (e que tem uma fazenda em Cristalina, em Goiás).

"É um sistema que não pode falhar. Aliás, nós, administradores, é que não podemos falhar", diz ele, em uma clara demonstração da seriedade do trabalho no campo no país.