Até 17 de novembro a Secretaria de Estado de Saúde (SES) promove a Campanha de Vacinação Antirrábica Canina e Felina de Mato Grosso do Sul. A campanha teve início em agosto e o dia “D” foi 26 de setembro.
Enquanto para a SES coube a orientação, monitoramento e suporte para a campanha, cada uma das 78 secretarias municipais de Saúde ficou responsável por decidir a melhor estratégia para vacinar os animais. A maioria delas optou por um local fixo onde a população deve levar os cães e gatos para serem imunizados. Já as secretarias de Campo Grande e Corumbá decidiram pela visita domiciliar dos técnicos para vacinarem os animais, caso o proprietário do imóvel tenha algum.
O principal objetivo da campanha é manter em “zero” o número de casos de raiva humana
• controlar e eliminar os casos de raiva canina e felina no Estado;
• desenvolver ações de controle e prevenção da raiva animal com o Paraguai e a Bolívia, com o objetivo de aumentar a cobertura vacinal na fronteira;
• supervisionar as ações de vacinação in locus;
• capacitar as equipes de saúde.
A estimativa da população canina no Estado é de 456.765 e a felina chega a 95.007 animais. A meta de vacinação estabelecida pelo Ministério da Saúde é vacinar, no mínimo, 80% dos cães e gatos. O último registro de caso de raiva humana
A Raiva
A Encefalite Viral Aguda, mais conhecida como “Raiva”, é transmitida por mamíferos, e apresenta dois ciclos principais de transmissão: urbano e silvestre. O vírus rábico pertence ao gênero Lyssavirus, da família Rhabdoviridae.
O vírus penetra no organismo, atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central. A partir daí, dissemina-se para vários órgãos e glândulas salivares, onde também se replica e é eliminado pela saliva das pessoas ou dos animais enfermos. Qualquer mamífero pode adquirir a doença.
Para o controle efetivo da doença é necessário realizar bloqueios de foco (em até, no máximo, 72 horas), manter altas coberturas vacinais caninas, retirar animais de rua, realizar o censo canino, educação em saúde, profilaxia adequada em tempo oportuno e garantir realização do esquema de vacinação completo.
A população precisa ficar atenta à necessidade de procurar assistência médica, mesmo em situações aparentemente não graves, tais como arranhaduras e lambeduras feitas por algum animal. Também é recomendado tratamento profilático antirrábico, com aplicação de soro e vacina – os quais estão disponibilizados na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) –, gratuitamente, quando qualquer pessoa é agredida por espécie silvestre (ex: morcegos, raposa e saguis).