A canola, terceira oleaginosa mais produzida no mundo, vem ganhando espaço no mercado brasileiro. Segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a estimativa de produção na safra 2009/2010 é de 42 mil toneladas, 40% a mais que no ciclo anterior. Em 2008, a produção ficou em 30 mil toneladas e, em 2007, alcançou de 20 mil toneladas.
Ao redor do mundo, a canola responde por 16% da produção de óleos vegetais, atrás da soja (33%) e do dendê (34%). “O aumento da produção é reflexo da consolidação da indústria do biodiesel no Brasil”, afirmou o coordenador de Agroenergia do Ministério da Agricultura, Denílson Ferreira.
Para ele, a indústria brasileira de biocombustíveis pode contribuir para a ampliação da oferta diversificada de óleos, como soja, girassol, palma, dendê e a canola.
Área de cultivo - O plantio da canola ocupa área de 30 mil hectares nos três estados maiores produtores do grão no País: Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul. A produtividade está estimada em 1,3 mil quilos por hectare e, considerando que o grão possui cerca de 40% de óleo, serão produzidos 500 litros por hectare. “É um volume significativo, visto que pode ser alternado com culturas, como soja, milho e trigo”, ressalta Ferreira.
Na Europa, a canola é uma das mais importantes matérias-primas para o biodiesel, inclusive pelo aproveitamento de grãos descartados pela comercialização. Já o farelo da oleaginosa concentra de 34% a 38 % de proteínas, por isso é utilizado na formulação de rações animais.