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Brasil aumenta em 27% exportações agropecuárias para países arábes

28 julho 2016 - 00h00Por Datagro

No primeiro semestre do ano, o Brasil exportou 8,6 milhões de toneladas em produtos agropecuários aos países árabes, alta de 26,6% sobre os números obtidos no mesmo período em 2015. No tocante ao faturamento, a alta também cresceu, mas em ritmo menor: 1%, com vendas totais chegando a US$ 4,167 bilhões.

De acordo com João Rossi, diretor de Acesso a Mercados e Competitividade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o pequeno avanço das receitas frente a uma variação muito mais significativa da quantidade embarcada reflete a queda geral dos preços internacionais dos produtos do setor.

Ele aponta, porém, algumas exceções em que o aumento dos valores foi mais intenso. É o caso da carne bovina, cujas exportações totalizaram US$ 562 milhões de janeiro a junho, um acréscimo de 9% sobre o primeiro semestre de 2015. Em volumes, ocorreu um crescimento de 19%.

O desempenho reflete em parte a retomada das vendas à Arábia Saudita, que no final do ano passado levantou embargo ao produto que vigorava desde o fim de 2012. “O país já se tornou o segundo mercado entre árabes depois do fim do embargo”, disse Rossi, em entrevista à Agência de Notícias Brasil-Árabe (ANBA). O Egito ocupa de longe a primeira posição, com importações de US$ 341,4 milhões, 10,6% a mais do que nos seis primeiros meses de 2015.

Outro exemplo é o do milho, cujas receitas de exportação para região somaram US$ 338 milhões no primeiro semestre deste ano, um aumento de 264% em relação ao mesmo período de 2015. Foram embarcadas mais de 2 milhões de toneladas, um crescimento de 317% na mesma comparação.

Em contrapartida caíram as vendas de soja em grão do Brasil ao mundo árabe, mas cresceram os embarques de óleo de soja. No caso do frango, houve avanço da quantidade comercializada, mas recuo nas receitas. No que diz respeito ao açúcar, os volumes aumentaram mais do que os valores.

Para o resto do ano, Rossi avalia que o cenário ainda será de preços em baixa, mas talvez não de forma tão generalizada. “Uma quebra de safra pode afetar os preços nos próximos meses”, observou. “Ainda assim, não imaginamos uma elevação como as ocorridas em anos anteriores”, acrescentou.