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Mercado pecuário

Boi gordo: no 1º dia de churrasco do torcedor brasileiro, arroba ensaia recuperação em alta

A estratégia dos frigoríficos brasileiros é garantir oferta de carne bovina para a etapa final de 2022, tradicionalmente o período de maior demanda pela proteína

25 novembro 2022 - 10h50Por Portal DBO
Boi gordo: no 1º dia de churrasco do torcedor brasileiro, arroba ensaia recuperação em alta

Nesta quinta-feira (24/11), dia que marcou a estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo no Catar e à semelhança dos dias anteriores, o mercado físico do boi registrou bons negócios em algumas praças do País, resultando em variações positivas nos preços da arroba, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.

Na avaliação da IHS Markit, os recentes movimentos de altas na arroba vêm estimulando a liquidez no mercado do boi gordo.

“O encurtamento nas escalas de abate entre algumas unidades frigoríficas, associado a gradual redução na oferta de lotes de boi a termo (negociações antecipadas), trouxe algumas indústrias de volta às compras de boiada gorda”, relata a IHS.

A estratégia dos frigoríficos brasileiros é garantir oferta de carne bovina para a etapa final de 2022, tradicionalmente o período de maior demanda pela proteína vermelha – este ano, além das tradicionais festas de fim de novo, o consumo de cortes para churrasco pode ganhar fôlego na onda dos entusiasmos dos torcedores em relação ao evento da Copa do Mundo no Catar.

Nesta quarta-feira de estreia do Brasil na Copa do Mundo, a IHS Markit detectou elevação nos preços da arroba do boi gordo em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás, Pará e Rondônia.

No interior paulista, pelos dados da IHS, o preço bruto do boi gordo se consolidou em R$ 285/@, à vista, embora os pecuaristas locais barganhem valores mais próximos a R$ 290/@.

Porém, algumas indústrias de São Paulo optaram por se manter fora das compras depois de alongar as escalas para mais de 7 dias, observa a IHS.

Em Minas Gerais, a dificuldade de se originar lotes favorece a formação de preços mais firmes para o boi, mas prejudica um os negócios. Segundo a IHS, em Minas, há relatos de plantas frigoríficas locais optando por dar férias coletiva a partir de dezembro/22.

Nas praças do Mato Grosso e de Goiás, as recentes altas da arroba do boi gordo deram liquidez e permitiram alongar as escalas de abate dos frigoríficos para mais de seis dias. •

Na região Norte do País, depois das altas nas praças de Tocantins, foi a vez de observar um ambiente de preços mais firmes no Pará e na região de Rondônia, informa a IHS.

“As altas nos preços da arroba no Pará fizeram as escalas de abate avançarem bem, para além do dia 5 de dezembro”, relata a consultoria.

Em Rondônia, os negócios também só avançaram mediante a sinalização de preços mais firmes. No entanto, logo após efetivar novas compras de animais terminados, as indústrias locais saíram dos negócios, informa a IHS.

Nas demais regiões do País, diz a consultoria, prevaleceu um ambiente de estabilidade, mesmo diante do menor volume de negócios.

Na B3, os futuros do boi gordo também estão operando em ambiente de preços firmes. As expectativas do setor continuam focadas no ápice de consumo na reta final de 2022, por efeito da maior entrada de massa salarial (13º salario, postos temporários de emprego, bonificações, entre outros benefícios), além das festas de final de ano e Copa do Mundo.

No mercado atacadista, o dia foi de ajuste no preço do corte de dianteiro, pressionado pela forte desvalorização da carne de frango.

“A estratégia é manter o fluxo de escoamento da carne bovina sem o ônus da formação de estoques nas câmaras frias”, relata a IHS, que completa: “Não há relatos de maiores excedentes, mas a queda nos preços da proteína de frango trouxe maior cautela às indústrias”.

Porém, o foco segue sendo com relação à virada de mês, com o ápice do consumo interno.

Cotações máximas de machos e fêmeas nesta quinta-feira, 24/11
(Fonte: IHS Markit)

SP-Noroeste:

boi a R$ 283/@ (prazo)
vaca a R$ 266/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 244/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 263/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 243/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 226/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 251/@ (prazo)
vaca a R$ 226/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 244/@ (prazo)
vaca a R$ 224/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 246/@ (à vista)
vaca a R$ 225/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 242/@ (à vista)
vaca a R$ 229/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 271/@ (prazo)
vaca R$ 258/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 268/@ (prazo)
vaca a R$ 256/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 276/@ (à vista)
vaca a R$ 266/@ (à vista)