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Boehringer aumenta em 170% vendas de produtos de saúde animal em 2017

26 abril 2018 - 23h46Por Revista Globo Rural

A Boehringer Ingelheim mais que dobrou a receita na sua unidade de saúde animal em 2017, atingindo 3,901 bilhões de euros (+170,1%, considerando ajustes cambiais). O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (25/4), durante conferência internacional de imprensa, na sede da companhia, em Ingelheim, Alemanha. O segmento veterinário foi o que mais cresceu, comparado com 2016, seguido por biofarmacêuticos (+10,7%, com 678 milhões de euros) e medicamentos para saúde humana (+6,9%, com 12,6 bilhões de euros).

Boa parte do faturamento da unidade veterinária da Boehringer é creditada às vendas de antiparasitários para animais de companhia (PET). Só com dois desses produtos, a receita ficou próxima de um bilhão de euros. Outro destaque do balanço foi uma vacina usada em suínos, que gerou uma receita de 300 milhões de euros no ano passado.

Os animais de companhia representaram 49% da receita líquida de saúde animal da Boehringer Ingelheim no ano passado. Produtos para equinos responderam por 5%. Já o segmento de suínos respondeu por 18% das vendas de produtos de saúde animal, bovinos 16% e aves 11%.

Foi o primeiro balanço anual a consolidar os resultados da Merial, que passou a pertencer a Boehringer depois de uma operação de troca de ativos com a francesa Sanofi e também foi fundamental para o crescimento da unidade no ano passado. Com o resultado, a representatividade do segmento veterinário no total dos negócios da empresa alemã deu um salto. Chegou a 21,6% das vendas totais que, em 2017, somaram 18,056 bilhões de euros, 13,9% a mais que em 2016. Dois anos atrás, o setor veterinário faturou 1,46 bilhão de euros, apenas 9,21% do total (15,85 bilhões de euros).
 
"Acima de tudo, foi importante manter e fortalecer a confiança de nosso consumidores. Percorremos um longo caminho com nosso desafiador e complexo processo de integração. Estamos bem posicionados e somos um player bastante competitivo", resumiu o executivo chefe do Conselho de Administração, Hubertus von Baumbach. Pelo menos por enquanto, disse ele, novas trocas de ativos ou aquisições não estão nos planos.
 
Segundo von Baumbach, a Boehringer é atualmente a lider mundial nos segmentos de animais de companhia, equinos, suínos e saúde pública veterinária. No segmento avícola, a companhia alemã está em terceiro lugar no ranking mundial e no setor de bovinos, é a quarta colocada no mundo.
 
2018
 
Para este ano, um dos objetivos da empresa para o segmento veterinário, segundo seus executivos, é explorar o potencial combinado de pesquisas em saúde humana e animal. O investimento da empresa em pesquisa e desenvolvimento para medicina veterinária é de 9% do faturamento anual, o que gira em torno de 360 milhões e 400 milhões de euros.
 
"Quando pesquisadores em saúde animal participam das discussões, isso pode levar a ideias muito interessantes. Há muita experiência que pode ser combinada no desenvolvimento de moléculas e que pode levar a um crescimento considerável. Se você observar a indústria farmacêutica, provavelmente há poucas das grandes companhias que fazem pesquisa em saúde humana e animal juntas", resumiu von Baumbach.
 
Outra aposta é no desenolvimento de plataformas digitais. Um dos exemplos é um aplicativo destinado a donos de animais de companhia, para melhorar a comunicação com os veterinários e o acesso a informações sobre tratamentos e medicamentos. O sistema está sendo testado por usuários nos Estados Unidos.A unidade de saúde animal da Boehringer Ingelheim opera em mais de 150 países.
 
No Brasil, tem a sede administrativa em Campinas (SP) e uma fábrica em Paulínia (SP), que produz diversas categorias de medicamentos para os mercados interno e externo. "O Brasil é um mercado extremamente importante para nós e a integração (com a Merial) abre espaço para novas oportunidades e atuar em mais segmentos do que antes. Faremos todos os esforços para buscar oportunidades no mercado brasileiro", disse o chefe do Conselho de Administração da empresa.
 
No longo prazo, a empresa acredita que o mercado global de saúde animal deve dobrar até 2030. O segmento de pequenos animais deve liderar esse crescimento.