O Sindicato Rural de Bela Vista denuncia que o atraso na vacinação contra a aftosa na ZAV (Zona de Alta Vigilância) já causa prejuízo aos produtores rurais.
“A vacinação foi aberta há 15 dias. Mas não há vacinas, nem técnicos da Iagro”, afirma o presidente do sindicato, Afonso Pinheiro Filho.
De acordo com ele, desde ontem só é possível comercializar gado gordo, pois o sistema não autoriza mais GTA (Guia de Transporte Animal) para gado magro. Segundo ele, os animais não podem ser comercializados sem o comprovante de vacinação.
Afonso Pinheiro relata que a situação já era prevista pelos produtores. “No dia 29 [de setembro], enviamos ofício para a secretária Tereza Cristina, pedindo o adiamento da campanha”. Outra proposta é que o governo libere os produtores para comprar e aplicar a vacina.
Conforme o presidente do sindicato, o Estado alega que depende de recursos do Ministério da Agricultura para iniciar a vacinação. O valor a ser liberado é de R$ 5 milhões. Em Bela Vista, há 210 mil cabeças de gado na zona de vigilância. “A questão da sanidade já ficou que nem a seca do Nordeste, vem dinheiro, mas não resolvem nada”.
A criação da ZAV foi exigência para que o Estado fosse considerado área livre de febre aftosa com vacinação, o que reabilitou Mato Grosso do Sul no cenário do comércio mundial de carne. A área de proteção compreende a totalidade da área de Antônio João, Japorã e Mundo Novo e parte dos municípios de Aral Moreira, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho e Sete Quedas.