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Argentina em apuros por falta de chuva nas lavouras

14 dezembro 2010 - 00h00Por Gazeta do Povo

A safra Argentina de soja e milho chega à fase crucial de desenvolvimento traumatizada por volumes de chuvas muito abaixo do normal e por temperaturas elevadas. E as previsões para os próximos dias são consideradas preocupantes, por seguirem as tendências do fenômeno La Niña. “Se não chover em dezembro, haverá quebra de produção”, prevê Vinícius de Melo Xavier, consultor da FCStone.

A maior ameaça é sobre o milho, que registra seca em mais da metade da área plantada. O panorama climático projetado pela Bolsa de Cereais portenha não mostra chuvas suficientes para reverter totalmente a falta de umidade do solo em regiões das províncias de Santa Fé e Buenos Aires. As precipitações das próximas semanas serão decisivas para o desenvolvimento vegetativo.

De acordo com o último relatório da Bolsa de Cereais de Buenos Aires, o plantio do milho foi concluído em 2,61 milhões hectares dos 3,15 milhões de hectares previstos para esta temporada, o que corresponde a 83% da área do cereal. Na soja, as sementes cobrem 65% das lavouras, ou 12,16 milhões de um total de 18,7 milhões de hectares.

O cenário da soja é um pouco mais tranquilo, mas também preocupa os produtores. “Está chovendo, mas com muita irregularidade e em volumes reduzidos”, conta Sandra Occhiuzzi, coordenadora do Departamento de Risco Agropecuário do Ministério da Agricultura da Argentina. Os níveis de reserva de água no solo se dividem entre adequados e regulares. A diminuição das chuvas fez a semeadura da oleaginosa atrasar em seis pontos porcentuais em relação ao ano passado, tarefa que deve ser concluída nas próximas três semanas.

A possibilidade de quebra de safra na Argentina faz o mercado cogitar redução nas estimativas de produção apontadas pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o USDA, para o país sul-americano. Segundo Xavier, a expectativa, pouco antes da divulgação do último relatório, na quinta-feira, era de que a produção de milho fosse reduzida para 22 milhões de toneladas e a de soja para 51 milhões. Porém, o órgão norte-americano manteve suas projeções, que são de 25 milhões de toneladas de milho e 52 milhões de toneladas de soja.

Os indicadores argentinos, no entanto, mostram impacto climático maior. A Bolsa de Comércio de Rosário da Argentina estima a produção de soja em 49,5 milhões de toneladas e a de milho entre 21 e 22 milhões de toneladas.