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Aplicativos de mensagem ajudam produtor a superar crise pós operação carne fraca

20 abril 2017 - 00h00Por Notícias Agrícolas

O preço da arroba bovina vem se recuperando diariamente. Através de grupo em aplicativo de mensagem instantânea, os pecuaristas se organizaram e conseguem ter informação rápida e precisa sobre o andamento do mercado em diversas regiões do país.

Segundo o coordenador do grupo Pecuária Bauru (GPB), Oswaldo Furlan, nesta semana foi possível observar valorizações do boi gordo nos estados do norte, centro-oeste e sudeste. "Hoje tivemos a notícia de boi negociado a R$ 135/@ no Mato Grosso e, um negócio em São Paulo por R$ 145/@", conta.

Desde a deflagração da operação Carne Fraca, da Polícia Federal, a cotação do boi gordo caiu em média R$ 7 em todo o país. O recuo expressivo motivou a postura de retenção dos produtores, na espera de melhores preços. "Quando a operação saiu, conseguimos nos organizar para fazer a venda apenas das necessidades financeiras. Agora, já é possível notar certa estabilidade desde a operação", ressalta Furlan.

Entre os cerca de 800 produtores que participam do grupo, a maioria não espera uma alta expressiva nas cotações, contudo, a expectativa é de recuperar o patamar praticado antes da Carne Fraca.

E mesmo cautelosos na venda, os produtores não temem a concentração da oferta represada na chegada da seca. Na visão do GPB, a demanda interna e externa retornou a normalidade e, a organização da classe permitirá manter o mercado estável. "Através do grupo, conseguimos coordenar as entregas de forma gradual", ressalta.

Furlan também conta que a paradeira dos grandes frigoríficos foi benéfica para as indústrias de médio e pequeno porte, "que puderam aumentar o volume de abate diário, saindo da ociosidade."

Segundo ele, após a operação houve uma mudança de comportamento do consumidor, preferindo carne in natura, em detrimento das industrializadas.

GPB

O grupo Pecuária Bauru foi criado há três anos, inicialmente em Bauru, interior de São Paulo, "com intenção de levar conhecimento, trocar de informações e experiências do campo", conta Furlan.

Atualmente o conjunto conta com a participação de 800 pecuaristas, em aproximadamente 12 estados brasileiros, onde é possível coordenar compras coletivas de insumos e vendas de animais.