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Altos custos de produção encarecem confinamento no MS

11 setembro 2012 - 02h18Por Noticias Agricolas

  Nesta terça-feira (11) acontece em Goiânia a Conferência Internacional dos Confinadores (Interconf 2012). Segundo o pecuarista de Campo Grande (MS), João Borges, o encontro é uma oportunidade dos produtores trocarem ideias e experiências e discutir as possíveis soluções para as dificuldades enfrentadas pelo setor. 

“O aumento nos custos de produção encarece a produção em confinamento. Esse ano optei por fazer apenas um turno, retardamos em função do clima e da expectativa de que a safrinha obteria preços melhores do milho, era uma perspectiva que pela super produção haveria uma diminuição nos preços do cereal”, explicou o pecuarista. 

No entanto, isso não aconteceu, em função da quebra na produção norte-americana. Em decorrência desse cenário, as cotações do milho aumentaram, e consequentemente, da ração, utilizada no confinamento. 

Além disso, o pecuarista sinaliza que, devido o aumento de oferta de carnes concorrentes, como é o caso da carne suína, e outras atividades mais remuneradoras, como o plantio de soja, muitos produtores têm liberados suas áreas para a agricultura. 

“E com essa liberação de rebanhos temos um maior abate momentâneo de vacas que também ocasiona um aumento de carne bovina. Temos que tentar equacionar esses problemas, e o mercado terá que se adequar a esses novos preços, você irá penalizar quem consome e nós que produzimos estamos sendo penalizados agora”, afirmou Borges. 

Devido a esse quadro, a expectativa é que haja uma diminuição na atividade de confinamento no estado. Os custos de produção estão muito elevados, em 2011 o preço do farelo de soja era de R$ 680,00 e do milho R$ 19,00, já em 2012 a cotação do farelo é de R$ 1.400,00 e o cereal é de R$ 25,00. “Um aumento muito significativo para uma arroba que teve uma redução no seu valor de venda”, finalizou o pecuarista.