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Alta no preço do boi gordo deve durar até outubro

29 agosto 2017 - 13h56Por Canal Rural
Alta no preço do boi gordo deve durar até outubro

O mercado físico teve preços do boi gordo mais altos nesta segunda-feira. A expectativa é de novas valorizações no curto prazo, pelo menos enquanto a oferta de animais terminados permanecer limitada. Esse quadro deve se alterar apenas no último trimestre do ano, quando chega ao mercado o segundo giro de animais confinados. Enquanto isso os frigoríficos permanecem com suas escalas de abate posicionadas entre dois e três dias úteis.

Segundo a Scot Consultoria, em São Paulo a semana começou com mercado firme e pagamentos acima da referência. Na região, a arroba do macho terminado fechou em alta, cotada em R$ 139,50, à vista, livre do Fundo de Apoio ao Trabalhador Rural (Funrural). Em relação ao inicio do mês os preços estão 12,5% maiores. Altas acima de 10% para a arroba do boi gordo, desde o início de agosto, também são comuns em Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

Já o mercado atacadista apresentou preços estáveis. São esperados cotações mais altas no setor já na primeira quinzena de setembro devido ao repique tradicional de consumo das duas primeiras semanas de cada mês.

A quantidade total de carne bovina in natura exportada pelo Brasil em agosto (19 dias úteis) chegou a 100,8 mil toneladas, com média diária de embarques de 5,3 mil toneladas. Na comparação com julho, houve um ganho 4,7% na quantidade média diária exportada. Em relação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 48% na quantidade média diária, segundo o Ministério da Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

Dólar

O mercado cambial foi fraco de uma maneira geral, com investidores na expectativa de indicadores mais relevantes. Aqui dentro o dólar deve ter uma semana mais volátil, típico movimento de final de mês.

A possibilidade da Procuradoria Geral da República (PGR) denunciar novamente o presidente, Michel Temer até setembro foi um dos fatores que segurou o câmbio no Brasil. Lá fora, a expectativa é com os dados do produto interno bruto (PIB) e da inflação dos Estados Unidos que serão divulgados durante a semana. No final do dia o dólar comercial terminou negociado a R$ 3,164 alta de 0,25%.

A divulgação do produto interno bruto (PIB) brasileiro do segundo trimestre, as novas votações no Congresso da medida provisória (MP) que cria a Taxa de Longo Prazo (TLP) para os contratos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a reforma política são itens que também estão no radar dos investidores.

Soja

A soja na bolsa de Chicago (CBOT) teve uma segunda-feira, dia 28, de quedas. A perspectiva de bom desenvolvimento das lavouras, gerada pelas condições climáticas que colaboraram e a perspectiva de safra recorde americana foram alguns dos fatores que contribuíram para as baixas na bolsa.

A projeção da Pro Farmer, a Associação dos Produtores dos Estados Unidos, é que o país vai colher uma safra de 117,87 milhões de toneladas. Apesar do número ser abaixo do estimado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que projetou uma safra de 119,2 milhões de toneladas, se confirmado esta será a maior safra de soja da história do país.

O destaque do dia foi a divulgação das condições das lavouras americanas pelo USDA. Para a soja o órgão estimou que até o dia 27 de agosto, 61% da safra estava em boa ou excelente condição, 28% em situação regular e 11% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os índices eram de 60%, 28% e 12%, respectivamente.

Aqui no Brasil o mercado iniciou a semana mantendo o ritmo lento nas vendas. Os ganhos do dólar neutralizaram a baixa em Chicago e os preços internos da soja ficaram estáveis e ainda distantes do que os produtores esperam.

Milho

A bolsa de mercadorias de Chicago para o milho registrou preços mais baixos. A perspectiva de uma grande safra norte-americana manteve o mercado sob pressão. Segundo a Pro Farmer, a produção de milho deverá totalizar 354,4 milhões de toneladas com produtividade de 174,7 sacas por hectare.

Em relação à condição das lavouras, o USDA estimou que até o dia até 27 de agosto, 62% da safra estava entre boas e excelentes condições, 26% em situação regular e 12% em condições entre ruins e muito ruins. Na semana anterior, os números eram de 62%, 26% e 12%, respectivamente.

No mercado interno o dia foi de lentidão e preços do milho estáveis. Alguns negócios foram reportados, mas em pequeno volume. A comercialização segue vagarosa devido à baixa fixação por parte do produtor. Em São Paulo, o mercado está mais pressionado pela evolução da colheita da safrinha.