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Agrônomos recomendam monitorar ferrugem da soja em MS

02 outubro 2009 - 00h00Por FatimaNews

Desde 1º de outubro está liberado o plantio de soja em Mato Grosso do Sul. Na quarta-feira, 30 de setembro, encerra o vazio sanitário da soja, período em que o plantio da cultura fica proibido, em prevenção à ferrugem asiática – considerado o maior ‘vilão’ da safra de soja em todo o país. No ano passado, em MS, foram 133 focos da doença, segundo números oficiais do Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal). Apesar de o plantio estar liberado a partir desta semana, produtores que recorrerem a financiamentos ou seguro agrícola deverão prorrogar o início do plantio para 20 de outubro – conforme as regras do zoneamento agrícola.

O vazio sanitário da soja foi aplicado a partir da safra 2007/2008 e tem se demonstrado uma importante arma contra a proliferação da ferrugem. Além da proibição do plantio, o clima também é primordial para a ocorrência do fungo – que se prolifera com umidade e temperaturas amenas. Segundo o Iagro, o índice de disseminação da doença caiu nas duas últimas safras – em 2008/2009, foram 207 focos, contra 133 na safra passada. “Intensificamos o trabalho de campo e esta fiscalização deu resultado”, atesta o fiscal federal agropecuário Sebastião Ramos de Freitas.

A ferrugem da soja provoca a desfolha da planta, comprometendo o enchimento de grãos. Segundo especialistas, quanto mais cedo o fungo ataca a lavoura, maiores os riscos e impactos sobre a plantação. “Estudos comprovam que, para cada dia de atraso no controle clínico da ferrugem, a perda é de uma saca por hectare”, explica o professor da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados), Walber Gavassoni, que é engenheiro agrônomo e especialista em fitopatologia.

Ele explica que o fungo provoca maior impacto quando ataca as lavouras na fase inicial – reprodutiva ou de desenvolvimento vegetativo. “Se não houver controle, a ferrugem pode dizimar uma lavoura, atingindo perdas de até 80%”, explica.

Segundo o especialista, o trabalho de controle da ferrugem exige duas providências por parte do produtor rural: assistência técnica e monitoramento constante da lavoura. “É preciso ter o acompanhamento de um profissional, que irá fazer a amostragem adequada a partir de um diagnóstico preciso em um laboratório credenciado”, orienta. Em Dourados, a diagnose pode ser feita nos laboratórios da UFGD, Embrapa Agropecuária Oeste e também em algumas empresas particulares.