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Agência Goiana de Defesa Agropecuária anuncia novidades para a vacinação contra aftosa

03 outubro 2011 - 13h24

Goiás deu mais um passo para conquistar o título de Estado livre da febre aftosa sem vacinação. Até o final do ano passado a vacinação era feita em duas etapas, em 100% dos rebanhos bovino e bubalino, uma em maio e outra em novembro. Portaria do Ministério da Agricultura, publicada este mês, determina que a vacinação de novembro, em Goiás, será apenas para os animais com até 24 meses. A decisão tem o aval da Organização Internacional de Epizotias (OIE), o que melhora a imagem e a comercialização da carne produzida no Estado.

Segundo o presidente da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), Antenor Nogueira, aos 24 meses o animal já tem memória imunológica.

– Esse é o primeiro passo para alcançarmos o título de Estado livre da aftosa sem vacinação. Para isso vamos cumprir metas, como educação e vigilância sanitárias e controle viral. Já foi demonstrado esse ano, por parte da Rússia, que vários Estados brasileiros ficaram fora da pauta de exportações para o país. Goiás não entrou nesta lista e manteve 100% das exportações para a Rússia – explica Antenor.

A Portaria nº 1410/2011 da Agrodefesa, estabelece o período de 1º a 30 de novembro de 2011, como calendário oficial para vacinação de bovinos e bubalinos; determina a realização da campanha de vacinação contra a raiva dos herbívoros com idade até 12 meses nos 119 municípios listados na Instrução Normativa 001/2005; autoriza, no período de 28 de outubro a 30 de novembro, a comercialização das respectivas vacinas em todos os municípios do território goiano, devendo a comprovação de vacinação ser preenchida com data a partir de 1º de novembro; condiciona as antecipações de vacinação a análise prévia dos Gerentes Regionais; proíbe, no período de 1º a 8 de novembro, a realização de leilões.

O presidente da Agrodefesa destaca que firmou um compromisso com o governador Marconi Perillo de buscar o título de Estado livre da aftosa sem vacinação.

– Num segundo momento, nós queremos criar um selo de qualidade do produto goiano para a carne e grãos. Logicamente esse já é um passo para levarmos junto aos produtos exportados por Goiás, um selo que vai agregar valor para o produtor rural que está cumprindo sua missão – destaca Nogueira.

Rebanho bovino

O rebanho bovino goiano é de aproximadamente 21 milhões de cabeças, sendo que 10 milhões têm até 24 meses. Para Antenor Nogueira, “a economia do produtor com a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa deve variar de R$ 18 milhões a R$ 20 milhões”. Os Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e parte de Minas Gerais também terão vacinação parcial em novembro. No Brasil, apenas Santa Catarina é considerado Estado livre da aftosa sem vacinação. Goiás está livre da febre aftosa desde agosto de 1995.

A multa para quem não vacinar o gado é de R$ 7 por cabeça. Esse valor dobra em caso de reincidência. Na campanha de maio deste ano a vacinação atingiu os 99,34% do rebanho. Cerca de três mil produtores deixaram de vacinar o gado. Segundo Antenor Nogueira, “a Agrodefesa tem hoje, on-line, esses produtores, a localização geográfica, o nome da propriedade rural, o CNPJ deles, o CPF. A partir da agora, os produtores que não vacinaram em maio terão a próxima vacinação, a partir de novembro, assistida por técnicos da Agrodefesa”.