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Acrissul vai criar "Cidade do Agronegócio"

24 novembro 2010 - 11h36Por Correio do Estado, por Adriana Molina
A área de 180 mil metros quadrados do Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande, deverá se tornar a “Cidade do Agronegócio”.
 
Projeto da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) pretende nos próximos meses revitalizar o local, que hoje é usado apenas para sediar duas vezes por ano feiras agropecuárias e, nos demais meses, causa prejuízos ao caixa da entidade, já que a renda mensal de cerca de R$ 15 mil - que vem da contribuição dos associados -  não é suficiente para cobrir as despesas, que chegam a R$ 90 mil no período.
 
A intenção da Acrissul é instalar lojas de produtos agropecuários, bancos, restaurantes, associações, escritórios de fazendas e contabilidade, oferecendo todas as opções para o produtor em um único lugar. As salas serão alugadas.
 
“Hoje, os criadores vêm até a Iagro para tirar uma nota e acabam tendo que passar o dia todo andando na cidade, de loja em loja para comprar os produtos que precisa levar para fazenda. Aqui, enquanto ele tira a nota, poderá ao mesmo tempo estar carregando o carro com o sal mineral e outros produtos que veio buscar. Isso vai facilitar muito a vida do produtor e, ao mesmo tempo, tornar útil e rentável essa área que fica parada boa parte do ano”, disse o presidente da entidade, Francisco Maia.
 
Além de agilizar as tarefas do produtor na cidade, Maia acredita que o local proporcionará melhor interação entre os cerca de 50 mil que vivem do setor agropecuário no Estado.
 
“Na Cidade do Agronegócio ele poderá encontrar outros criadores, almoçar, bater um papo sobre preços, mercado e os rumos da atividade – as informações correrão melhor no meio, auxiliando no desenvolvimento”, explica.
 
Embora ainda não exista estimativa de quantos poderão se instalar no parque, algumas propostas já foram levadas a restaurantes, bancos e empresas do setor, inclusive à Embrapa Gado de Corte, que poderá promover palestras e capacitações sobre novas tecnologias.
 
Segundo o presidente, a receptividade tem sido boa e, a entidade inclusive, se dispôs a subsidiar com desconto no aluguel os investimentos que as empresas terão que fazer nos pavilhões para montar as salas.
 
Atualmente, já estão funcionando no parque quatro leiloeiras, duas associações, uma agência fazendária, uma agência da Iagro e, pelo menos, outras cinco empresas de nutrição animal, transporte de gado e rastreabilidade. Apenas na Iagro, passam por dia cerca de 300 produtores em busca da Guia de Trânsito Animal (GTA), segundo a Acrissul.
 
Espaço. A associação garante que a área alugada não atrapalhará em nada a realização das duas feiras agropecuárias que ocorrem anualmente: Expogrande e Feira do Reprodutor. Apenas a Expogrande atrai milhares de empresas, pessoas, e recebe animais de todo Brasil para julgamentos e leilões.
 
De acordo com a Acrissul, os pavilhões para esses animais e os estandes da feira serão transferidos para outra área do parque. “A maior parte desses 180 mil metros quadrados está vazia. A construção da Cidade do Agronegócio não atrapalhará em nada as feiras, pelo contrário, só fortalecerá a atividade econômica”, frisou Maia.