Menu
Busca quarta, 24 de abril de 2024
Busca
(67) 3345-4200
Campo Grande
Previsão do tempo
27º
Notícias

Acrissul defende norma que obriga assentados a informar genética da vaca

31 agosto 2010 - 15h34Por Carlos Henrique Braga/ Via Livre

A Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul) tenta restabelecer norma que obriga produtores de leite de assentamentos rurais a fazer registro genético para obter crédito para compra de animais. A obrigatoriedade do Registro Genético Definitivo (RGD) foi extinta há poucos dias e pode, segundo o setor, barrar o desenvolvimento da pecuária leiteira entre assentados.

Na manhã de hoje (31), o presidente da instituição, Francisco Maia, encontrou diretores da Superintendência Federal da Agricultura (SFA), em Campo Grande, para discutir a legislação. “O registro atesta a qualidade dos animais em um momento em que o Estado precisa aumentar a produção para abastecer os laticínios que estão chegando”, argumenta Maia.

Para o setor produtivo, a extinção enfraquece o desenvolvimento da pecuária em assentamentos, responsáveis por grande parte do leite produzido no Estado. “Sem esse registro, não se pode garantir a qualidade da raça, seja qual for”, diz o presidente.
 
A determinação deixa de beneficiar ainda a raça Girolando, a mais usada na pecuária leiteira. Sem o registro, a procedência do animal perde importância, o que abre as portas para descuidos quanto à hereditariedade. “Pode acontecer de alguém vender gato por lebre, um animal de má qualidade como se fosse bom”, prevê o vice-presidente do Núcleo de Girolandos, Ronan Salgueiro. “É como vender um carro reformado com motor de Fusca por preço de Ferrari”, compara.
 
“Isso prejudica o produtor e o Estado porque nosso leite depende da produção dos assentamentos”, diz Salgueiro.Nas contas do núcleo, MS precisa de 600 mil litros por dia para abastecer o novo laticínio de Sidrolândia, em processo de instalação. “Isso é tudo que o Estado consome, vamos precisar dobrar a produção para atendê-lo”.
 
Francisco Maia e representantes do setor produtivo planejam viagem a Brasília para defender a volta do registro junto ao governo federal.