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Abiec investe em missões para promover carne

18 outubro 2013 - 00h00Por Portal DBO
Os Estados Unidos, foco das negociações para abertura das vendas de carne in natura, serão o próximo destino dos representantes da Associação Brasileira de Exportadores de Carne (Abiec), que realizarão uma série de missões no segudo semestre para promover o produto brasileiro. A entidade irá realizar um churrasco durante a final mundial do Professional Bull Riders, em Las Vegas, de 23 a 26 de outubro.
 
“As negociações estão evoluindo bastante e estamos aguardando a consulta pública, que é o último passo para a abertura do mercado”, afirma o presidente da Abiec, Antônio Camardelli. Os EUA importam apenas carne processada do Brasil e o país tenta há algum tempo que as compras incluam a carne in natura.
 
Camardelli acredita que uma vez a entrada do produto seja aprovada o embarques não devem ter dificuldade de iniciar. “A matéria-prima é oriunda de frigoríficos que já atendem as regras norte-americanas e deve levar menos tempo”, argumenta.
 
A entrada neste mercado deve abrir também as portas de Canadá e México, que junto com os EUA compõem o Nafta, e costumam seguir os passos dos americanos.
 
A ação é parte do projeto desenvolvido em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), que tem orçamento total de R$ 6 milhões anuais. De acordo com Camardelli, as atividades visam a manutenção de mercados já estabelecidos, firmar a presença nos clientes em que a participação brasileira tem percentual pequeno em relação aos demais exportadores e retomar aqueles compradores que estão temporariamente fechados.
 
Em novembro, a missão de prospecção terá como foco Camboja, Mianmar e Tailândia, com a proposta de definição das garantias necessárias para um acordo sanitário que permita o ingresso do produto brasileiro nestes mercados.
 
“Mianmar inicia abertura ao mercado capitalista e estamos muito atentos a isto. São mercados de bons preços e volume. Além disso, são importantes pois, por meio destes, teremos acesso a outros clientes”, salienta o dirigente. “Estamos batendo recordes e contamos com a abertura de um desses três mercados a curto prazo”, projeta.
 
Iraque
A Abiec também espera a reabertura das vendas para o Iraque, mercado que fechou as portas ao produto brasileiro após o caso não clássico de vaca louca registrado em 2010 e divulgado no final do ano passado. Na semana passada, equipe da Abiec esteve na Feira Internacional de Erbil, no norte do Iraque, onde foram realizadas reuniões com o objetivo de solidificar a imagem da auditoria realizada pelos iraquianos no Brasil no primeiro semestre, além de contatos comerciais.
 
“Fizemos excelentes contatos vislumbrando mais que a retomada, mas a perspectiva de concentração deste local como acesso ao Iraque, Irã e Turquia.” A missão que esteve no país no início do ano recomendou a reabertura do mercado, explica Camardelli. “A expectativa é de que isso se faça o mais rápido possível”, disse o dirigente.
 
Dos mercados que restringiram o produto brasileiro após a vaca louca, o país trabalha para retomar as vendas para a China, que deve realizar visita ao Brasil e Japão, que ainda avalia a a retomada dos negócios em seu serviço de saúde. Árabia Saudita, Catar e Kwait também mantêm a restrição.
 
No caso da Indonésia e África do Sul, Camardelli afirma que a negociação política e diplomática se esgotaram. “Há dificuldade de acessar esses mercados e quando isso acontece é com produtos diferenciados. Se não tem motivos para impedir o processo comercial eles tem que nos dar uma justificativa.”
 
Para 2014, a associação planeja realizar atividades em Cingapura, Dubai, Chile e Líbia e também Peru.