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Pecuária leiteira no Estado cresce mesmo com preço baixo na indústria

28 março 2010 - 14h54Por Carlos Henrique Braga/Via Livre Comunicação

O produtor Ademar de Oliveira, da fezenda São Bento, em Campo Grande, paralizou a produção de 1.200 litros de leite por dia até que a indústria seja mais generosa. “Eles querem ganhar muito, estou vendendo o litro por R$ 0,63. Isso paga as despesas e dá um lucrinho, mas será que compensa no final?”, questiona. Segundo ele, a pastagem representa a maior parte do investimento e o produtor local é desunido.

De acordo com informações do Grupo de Produtores de Leite (GPL), Ademar está na contramão dos produtores do segmento. O presidente do grupo, Armando Pereira da Silva, disse na manhã de hoje, durante ciclo de palestras na Expogrande 2010, que a produção de leite “está se pulverizando” porque médias propriedades têm optado pela atividade para pagar as contas do mês.

“A indústria também potencializa a abertura de novos bacias leiteiras”, argumenta. Hoje, as bacias leiteiras no Estado estão localizadas nas regiões de Glória de Dourados e Fátima do Sul, Paranaíba e Campo Grande. Os assentamentos rurais, apesar da pequena produção, também contribuem para a manutenção da atividade.

Silva acredita que o produtor necessita de maior visão empresarial: “Essa cultura ainda está se desenvolvendo”. Para o presidente, o produtor tem mais apoio de instituições e empresas ligadas à produção rural para desenvolver-se do que há alguns anos. São empresas como a multinacional farmacêutica Pfizer, que estimula a profissionalização do pecuarista de olho no mercado consumidor.