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Acrissul homenageia Chico Carvalho com nome de pavilhão na Expogrande

07 abril 2018 - 21h53Por Assessoria de Imprensa da Acrissul | Expogrande
O trabalho do pecuarista Francisco José de Carvalho Neto, mais conhecido como Chico Carvalho ou Chico Ventania, em prol da raça Nelore no Brasil e em Mato Grosso do Sul recebeu reconhecimento durante a 80ª Expogrande, que é realizada pela Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul) até o próximo dia 22 de abril no Parque de Exposições Laucídio Coelho, em Campo Grande (MS).
 
O presidente da Acrissul, Jonatan Pereira Barbosa, homenageou, na noite de ontem (6/4), o criador Chico Carvalho, dando o nome dele a um pavilhão do Parque de Exposições Laucídio Coelho. “O pecuarista Chico Ventania é um dos principais responsáveis pela qualidade do rebanho Nelore brasileiro. Ele trouxe, na década de 60, quase 300 cabeças de bovinos da raça direto da Índia, dando um novo rumo para os criadores de Nelore do nosso País”, afirmou.
 
Chico Carvalho ou Chico Ventania dispensa apresentação, pois é o criador de Nelore mais conhecido de Mato Grosso do Sul, sendo o responsável pela importação de animais da raça direto da Índia para o Brasil em 1962. “O navio que trouxe as quase 300 cabeças compradas até no meio da rua na Índia foi o Cora. Graças a essa nossa aventura a raça Nelore obteve mais credibilidade no Brasil”, recordou-se.
 
Dono da Fazenda Arroio Sexto, Chico Ventania é um extraordinário conhecedor do bovino da raça Nelore, que se formou na “universidade da observação e da persistência”. Aos 20 anos de idade, ele viajou para a Índia com seu tio, Nenê Costa, em de lá, trouxe para o Brasil e para o sul de Mato Grosso o gado Nelore.
 
Chico foi oito vezes à Índia, sua escola de vida, um lugar pobre e cheio de dificuldades para se acomodar, se alimentar, se locomover. Com seu modo pragmático e com a espantosa clareza de seu papel de selecionador-comprador, adquiriu na cidade de Madras o gado de raça pura Ongole, um gado branco-cinza.
 
O gado foi embarcado em um pequeno navio dinamarquês chamado “Cora” e veio com 296 animais, enfrentando pânico e temporais, em 39 dias de confinamento até o desembarque em Fernando de Noronha, no dia 1º de janeiro de 1963.
 
Chico e sua esposa, Áurea, vieram para Mato Grosso do Sul em 1965, para uma fazenda à beira do Rio Brilhante, a Rancho Alegre, onde trabalharam muito e formaram sua família. Mudaram-se depois para Dourados e, em 1972, em Porto Murtinho, começou o plantel da Fazenda Arroio Sexto.
 
Chico Ventania é um criador cheio de gosto e constância pelo ofício, chegando a ficar horas no mangueiro, passando e repassando lotes de vacas e estudando como fazer os cruzamentos perfeitos. É um dos responsáveis pelo fato de Mato Grosso do Sul ser o Estado de maior pecuária do Brasil e o seu legado é a forte raça Nelore, capaz de abastecer o mundo de carne.