As culturas de soja, milho e cana-de-açúcar da safra 2017/2018 terão portarias publicadas no Diário Oficial da União em meados de junho, que passarão a vigorar já com novo formato, com perÃodos de semeadura indicados conforme o nÃvel de risco (20%, 30% e 40%). É a primeira vez em 20 anos que os resultados são apresentados para todas as culturas em nÃveis de risco climático mais detalhados, acatando sugestão do TCU (Tribunal de Contas da União).
A novidade permite que os produtores rurais, agentes financeiros, seguradoras e o próprio governo federal incluam as recomendações de plantio de forma mais confiável em suas decisões. Além do percentual de 20%, o menor nÃvel de risco apurado, foram acrescentados pela Secretaria de PolÃtica AgrÃcola do Mapa os nÃveis de maior risco para o resultado da produção, de 30% e de 40%. Em dezembro do ano passado, essa experiência foi iniciada nos estados do Acre, do Maranhão, do Pará, do Piauà e do Tocantins para a cultura do Milho 2ª safra (Safrinha).
O Zoneamento AgrÃcola de Risco Climático é um instrumento para auxiliar a gestão de riscos na agricultura. O objetivo é minimizar os riscos relacionados aos fenômenos climáticos adversos, possibilitando ao produtor identificar o melhor perÃodo de semeadura das lavouras, nos diferentes tipos de solo e ciclos de cultivares.
Workshop
Aspectos institucionais, operacionais e metodológicos do Zoneamento AgrÃcola de Risco Climático (Zarc) foram debatidos em workshop realizado nesta semana, em BrasÃlia. “O evento foi positivo, na medida em que definiu o papel das instituições participantes e as prioridades para 2017”, avaliou o diretor do Departamento de Gestão de Riscos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Vitor Ozaki.
Participaram da reunião, representantes da área econômica do governo, a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, órgãos de controle (TCU), mercado segurador, entidades do setor produtivo e instituições de pesquisa.
Ao final, os encaminhamentos, principalmente, as solicitações de novas culturas a serem zoneadas, serão centralizadas na Secretaria de PolÃtica AgrÃcola, que negociará com a Embrapa as condições para a sua execução.
O Ministério da Agricultura é o coordenador nacional do Zarc e contratou a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), desde 2015, para executar o zoneamento.