As inscrições para o processo de seleção de oito adidos agrícolas que irão atuar em missões diplomáticas brasileiras no exterior foram abertas nesta sexta-feira (25) e vão até 5 de outubro. Os interessados devem preencher o formulário de inscrição on-line, no site www.agricultura.gov.br, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no link "Adidos Agrícolas".
Os adidos representarão o Brasil em postos estratégicos no exterior. O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, explica que os profissionais escolhidos vão colaborar nas soluções para os possíveis entraves que venham prejudicar as exportações do agronegócio e identificar novos mercados. "Todos os países que têm força na agricultura contam com adidos agrícolas, porque consideram essa a melhor forma de representar seus interesses, tanto na troca de experiências tecnológicas, como no comércio e nas questões sanitárias", acredita.
O ministro lembra, ainda, que os grandes países contam com esses profissionais há mais de 40 anos e que, agora,o Brasil, "maior exportador de produtos agrícolas do mundo", entendeu a importância do adido agrícola nas relações comerciais internacionais.
Podem se candidatar ao posto de adido agrícola servidores do Mapa e empregados de empresas públicas ligadas ao Ministério, como Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). No caso de servidores e funcionários de outras empresas públicas, a exigência é que estejam cedidos ao Ministério da Agricultura há, pelo menos, quatro anos.
Atuação em cada país - Em Bruxelas (Bélgica), o adido agrícola acompanhará as negociações dos interesses bilaterais com os 27 países membros da União Europeia, principal destino das exportações do agronegócio brasileiro. Em Genebra (Suíça), terão foco os temas relativos à Organização Mundial do Comércio (OMC) e outras organizações multilaterais.
Os demais locais, Pretória (África), Tóquio (Japão), Washington (Estados Unidos) e Moscou (Rússia), representam países com grande interesse na importação de produtos do agronegócio brasileiro. A exceção fica por conta de Buenos Aires, uma vez que a Argentina é o principal exportador de produtos agrícolas ao mercado brasileiro.