Com a nova tarifa norte-americana de 50% imposta pelo governo Trump, somada com as outras taxas já em vigor, estima-se uma carga tarifária total de 76% sobre os embarques brasileiros de carne bovina, informa a Agrifatto, que divulgou aos seus assinantes um relatório especial sobre a atual crise diplomática gerada pela decisão anunciada nesta quarta-feira (9/7) pela Casa Branca.
Pelos cálculos da Agrifatto, com a adição da carga tarifária de 50%, a carne bovina in natura brasileira direcionada ao mercado norte-americano passaria a valer US$ 8.590/tonelada nos próximos meses do ano, o que representa um acréscimo de 55% sobre o preço médio de exportação (considerando todos os clientes internacionais) da proteína nacional obtido na primeira semana de julho/25, de US$ 5,540/tonelada.
Na avaliação do analistas da Agrifatto, na prática, este valor de US$ 8.590 “torna o produto brasileiro praticamente inviável no mercado norte-americano”.
Atualmente, os Estados Unidos são o segundo principal destino das exportações brasileiras de carne bovina, atrás da China.
No primeiro semestre de 2025, diz a Agrifatto, os norte-americanos absorveram 181 mil toneladas da proteína brasileira, o que corresponde a 11,8% do volume total exportado e a 14,2% da receita gerada embarques, de US$ 1,04 bilhão.
Nos seis primeiros meses de ano, o preço médio da carne bovina brasileira vendida aos EUA ficou em US$ 5.727/tonelada, segundo a Agrifatto.
Em 2024, o Brasil foi o terceiro maior fornecedor de carne bovina para os EUA, com 15,6% de participação nas importações totais norte-americanas, informa a consultoria.
