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EFEITO TRUMP

Tarifa de Trump derruba boi gordo para R$ 300/@, com reais chances de mais quedas

O impacto antecipado da tarifa adicional (+50%) imposta pelos EUA intensificou a pressão de baixa sobre as cotações, especialmente nas praças de SP, MS, MT e PR, informa a Agrifatto

18 julho 2025 - 10h34Por Portal DBO
Tarifa de Trump derruba boi gordo para R$ 300/@, com reais chances de mais quedas

Ao longo de julho/25, a retração nos preços do boi gordo, que bateram R$ 300/@ nas praças de SP, MS, MT e PR, reflete uma combinação adversa de fatores: o aumento expressivo na oferta de animais terminados, provenientes tanto de confinamentos quanto de parcerias, e o impacto antecipado da tarifa adicional (+50%) imposta pelos EUA, relatam os analistas da Agrifatto.

“Esse contexto intensificou a pressão de baixa sobre as cotações”, ressalta a consultoria, que destaca os recuos graduais nos preços da arroba sobretudo nos quatro Estados citados acima.

Na avaliação da Scot Consultoria, com os temores gerados pelas ameaças de novas tarifas norte-americanas, os pecuaristas ofertaram mais bovinos e os frigoríficos brasileiros aproveitam o momento para fechar compras mais atrativas.

“Se na semana passada a maior parte dos compradores permaneceu fora do mercado, agora estão ativos, aproveitando o momento do mercado”, reforçam os analistas da Scot.

Com isso, pela apuração da Scot, nesta quinta-feira (17/7), o boi gordo sem padrão-exportação registrou desvalorização de R$ 4/@ na praça paulista, batendo R$ 300/@, no prazo, enquanto o “boi-China” teve queda diária de R$ 3/@, fechando o dia cotado a R$ 304/@.

Para as fêmeas, os preços recuaram R$ 2/@ no Estado de São Paulo, para R$ 273/@ (vaca gorda) e R$ 283/@ (novilha).

Na visão da Agrifatto, “apesar dos esforços do governo e das entidades representativas do setor em busca de soluções, a expectativa para o curto prazo é de continuidade desse movimento de quedas graduais nos preços do boi gordo na maioria dos Estados, ao menos até a última semana de julho/25”.

Nesta quinta-feira, pelo levantamento da Agrifatto, o boi “comum” abatido em SP caiu para R$ 300/@, enquanto o “boi-China é negociado pelo mesmo valor – ou seja, sem ágio.

Nas outras 16 regiões brasileiras acompanhadas diariamente pela consultoria, o valor médio do animal terminado recuou para R$ 285,95/@.

“Das 17 praças monitoradas, 3 registraram queda nas cotações: SP, PA e TO; nas outras 14 regiões monitoradas, os preços ficaram estáveis nesta quinta-feira”, detalha a Agrifatto.

Segundo os analistas da consultoria, as plantas frigoríficas, especialmente as unidades voltadas ao mercado interno, observaram um incremento na oferta de boiadas gordas a partir de segunda-feira (15/7), o que ampliou as escalas de abate das indústrias em um a dois dias, atualmente situadas entre nove e dez dias, na média nacional.

No mercado futuro, os contratos do boi gordo recuaram novamente na sessão de quarta-feira (16/7) da B3 – foi a  terceira queda consecutiva.

O papel com vencimento em outubro/25 encerrou o pregão cotado a R$ 311,90/@, com retração de 1,87% em relação ao fechamento anterior.