A terceira semana de dezembro/25 foi amarga para o mercado futuro do boi gordo, relatou a Agrifatto em boletim divulgado aos seus assinantes.
“A semana apresentou um viés de correção, com todos os contratos futuros operando no vermelho de forma unificada”, ressalta a consultoria.
Em contrapartida, o mercado físico mostrou resiliência e descolou desse movimento, fechando positivo, acrescentam os analistas.
Com o dólar se mantendo firme acima dos R$ 5,41, diz a consultoria, a competitividade da carne brasileira no exterior permaneceu inabalada, resultando em volumes de exportação expressivos no começo de dezembro/25.
“Esse fluxo de saída de carne, somado ao consumo interno aquecido pelo 13º salário, garantiu que o mercado físico ignorasse o pessimismo momentâneo da bolsa”, diz a consultoria.
Na avaliação da Agrifatto, a baixa na bolsa paulista B3 foi puxada por um movimento de realização de lucros após um período de alta nos contratos.
“A B3 realizou lucros de forma agressiva, caindo abaixo da cotação real da arroba, o que demonstra uma demanda imediata (mercado físico) sustentada pelo consumo de fim de ano, enquanto o mercado futuro corrigia seus excessos”, diz a consultoria.
O indicador DATAGRO (base SP) fechou a última sexta-feira a R$ 322,68/@, com ligeira valorização de 0,21% em comparação com os R$ 322,01 registrados na sexta-feira anterior.
Por sua vez, o contrato com vencimento em dezembro/25 encerrou a semana em R$ 321,25/@, com recuo de -0,03% sobre a sexta-feira anterior, enquanto os contratos para janeiro/26, fevereiro/26 e março/26 registraram desvalorização semanal de 0,51% (para R$ 324,45/@), 0,40% (para R$ 325,95/@) e 0,41% (para 328,35/@), respectivamente.
Segundo a Agrifatto, o ágio dos contratos de dezembro/25 ficou negativo. “Isso mostra que o mercado físico está mais aquecido e firme do que a expectativa financeira de curto prazo”, observa a consultoria.
Alta liquidez
A bolsa continua operando com alta liquidez: o volume total de contratos futuros em aberto atingiu 39.890 posições na última sexta-feira, um forte avanço de 5,53% em relação à sexta.
“O hedge (proteção dos preços) foi a estratégia dominante na quase totalidade dos contratos futuros da curva longa”, observa a Agrifatto, acrescentando: “Os vencimentos de 2026 registraram um fluxo de forte venda e a entrada de novos vendedores, indicando que o mercado aproveitou os níveis de preço para montar proteções”.
O destaque técnico divergente da semana foi o vencimento de dezembro (Z25), o de maior liquidez (20.682). “O volume massivo de investidores encerrando posições para colocar o dinheiro no bolso antes do fechamento do ano gerou uma distorção pontual no contrato de dezembro/25”, destaca a Agrifatto.
Clique AQUI e tenha acesso à análise completa da parceria Acrissul | Agriffato.



