As moscas domésticas (Musca domestica), comuns em áreas urbanas, também representam ameaça para os ambientes rurais, especialmente propriedades leiteiras. Além do incômodo causado aos animais, esse parasita atua como vetor de mais de 100 patogénos, incluindo bactérias, vírus, protozoários, fungos e vermes com impactos diretos na produtividade e na qualidade do leite.
“O controle ineficiente desses insetos resulta em aumento dos custos da fazenda, seja pelo tratamento de doenças ou pela queda na produção leiteira”, alerta a zootecnista Margareth Dellatorre, consultora da Vetoquinol Saúde Animal.
Segundo a especialista, o estresse provocado pelas moscas reduz o consumo de alimentos pelos bovinos e diminui o tempo de descanso, dois fatores que comprometem diretamente a produção de leite. Além disso, a qualidade do leite pode ser comprometida, uma vez que a saúde do úbere pode ser afetada pela contaminação de bactérias ou fungos, resultando no aumento da contagem de células somáticas.
Outros prejuízos incluem maior incidência de doenças, como mastite, diarreia, salmonelose, ceratoconjuntivite, verminoses, tuberculose e inflamações umbilicais.
“O controle das moscas deve ser estratégico e eficiente, evitando desperdício com medicamentos inadequados. Um bom plano envolve o manejo correto de esterqueiras, silos, resíduos orgânicos e a aplicação direcionada de inseticidas específicos para moscas”, orienta Margareth




