A segunda semana de maio começou em ritmo moroso no mercado físico do boi gordo, mas a pressão de baixa na arroba se manteve na maioria das praças brasileiras, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.
“Como de costume, a segunda-feira teve poucos negócios, pois boa parte das indústria frigoríficas compraram boiadas suficiente para deixar as escalas de abate programadas para os próximos dias”, relata a Scot Consultoria.
Pelos dados apurados pela Scot, neste primeiro dia da semana, o boi gordo paulista perdeu mais R$ 2/@, chegando a R$ 260/@, no prazo, valor bruto (animal “comum”, sem prêmio-exportação).
Por sua vez, os preços da vaca e da novilha gordas ficaram estáveis em São Paulo, e seguem em R$ 240/@ e R$ 252/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), acrescenta a Scot.
O “boi-China” (abatido com até 30 meses de idade) também não sofreu alteração – é negociado por R$ 270/@ no mercado paulista (valor bruto e a prazo). Segundo a consultoria Agrifatto, a oferta de boi gordo segue elevada, resultando no alongamento das escalas de abate e em uma pressão baixista nos preços do mercado físico.
“A média brasileira das programações de abate registrou um dia de alta no comparativo semanal, fechando a última semana em 11 dias úteis”, informa a Agrifatto. Em São Paulo, continua a consultoria, as escalas seguem em estabilidade, também com 11 dias úteis programados.
Nesta semana, acredita a S&P Global Commodity Insights, as expectativas em relação ao consumo doméstico (de carne bovina) são positivas devido ao domingo de Dias das Mães, período marcado pelas comemorações entre familiares, o que significa uma demanda maior pelos cortes de churrascos e/ou outras receitas tradicionais feitas com a proteína vermelha, de longe a preferida dos brasileiros.
De acordo com a Scot Consultoria, nas últimas semanas, seguindo a toada do mercado do boi gordo, as cotações caíram no mercado atacadista de carne bovina com osso. Concomitantemente, os preços de outras proteínas de origem animal (suínos, frangos e ovos) subiram, comparam os analistas da Scot. “Desse modo, a competitividade entre a carne bovina e as outras proteínas tem melhorado”, informa a consultoria.