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Mercado brasileiro do boi gordo "sente o fim da safra de capim", relatam analistas da Scot

Preços do boi "comum" e do "boi-China" caíram, respectivamente, R$ 3/@ e R$ 5/@, para R$ 227/@ e R$ 230/@, segundo a consultoria

20 maio 2024 - 14h10Por Portal DBO
Mercado brasileiro do boi gordo "sente o fim da safra de capim", relatam analistas da Scot

O avanço do outono e a pressão da aproximação do fim da “safra de capim” estão ditando o mercado brasileiro do boi gordo, relata o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria.

“A oferta de boiadas gordas melhorou, as escalas de abate avançaram e os preços da arroba cederam”, destaca Fabbri, fazendo um resumo do comportamento do mercado nesta semana encerrada em 17 de maio.
Das 32 praças monitoradas pela Scot, a cotação do boi gordo na semana ficou estável em 14 e caiu em 17, aponta Fabbri. “Mas onde há estabilidade, o mercado está baixista”, ressalta o analista.


Em São Paulo, durante a semana, os preços do boi “comum” e do “boi-China” caíram, respectivamente, R$ 3/@ e R$ 5/@, para R$ 227/@ e R$ 230/@, segundo apuração da Scot. Para a vaca e a novilha gordas, os preços permaneceram estáveis.

Segundo Fabbri, a exportação, o consumo doméstico, a margem da indústria nos atuais patamares de preços, além do dólar em alta, “colaboraram, até o momento, para que a pressão de baixa não seja tão intensa, mesmo com a perspectiva de maior oferta de bovinos da história para o acumulado do período”.

No mercado doméstico, a expectativa sobre o consumo para o Dia das Mães confirmou-se, mas ainda há boa oferta de carne bovina, o que colabora com a pressão de baixa, observa o analista.

Por sua vez, a exportação de carne bovina segue firme e, até a segunda semana de maio, a média diária embarcada (10,7 mil toneladas) está 40,7% maior do que a média em maio/23.

“O prognóstico climático aponta para intensificação do período seco para a segunda quinzena, o que, em curto prazo, deve manter a pressão baixista sobre os preços da arroba”, prevê Fabbri.
Na visão dos analistas da S&P Global Commodity Insight, as expectativas para as próximas semanas são de continuidade da tendência de baixa. “A queda nos preços do boi gordo é reflexo do aumento das ofertas, particularmente de fêmeas gordas”, reforçam.

No mercado futuro, na quinta-feira (16/5), todos os contratos do boi gordo apresentaram valorização, informa a Agrifatto.

O contrato com vencimento em maio/24 fechou cotado a R$ 225,15/@, um avanço de 0,16% em relação ao dia anterior. Por sua vez, o contrato com vencimento em outubro/4 foi negociado a R$ 237,45/@, com valorização diária de 0,27%.

Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na sexta-feira (17/5):

São Paulo — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$230,00. Média de R$225,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$215,00. Escalas de abates de treze dias;

Minas Gerais — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de treze dias;

Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$215,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$220,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de dez dias;

Mato Grosso — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$205,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de doze dias.