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AGRICULTURA

IBGE prevê redução de 6% na safra de grãos de Mato Grosso do Sul em 2024

Os fatores climáticos pesam na previsão do instituto, que prevê uma redução de 28,4 milhões de toneladas no ciclo passado, para 26,7 milhões para este ano

11 janeiro 2024 - 09h57Por Correio do Estado

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) prevê uma safra de grãos em Mato Grosso do Sul 6% menor neste ano, depois do recorde de 2023. Os fatores climáticos pesam na previsão do instituto, que prevê uma redução de 28,4 milhões de toneladas no ciclo passado, para 26,7 milhões para este ano. 

Os números estão no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) divulgado nesta quarta-feira (10) pelo IBGE. A redução prevista em Mato Grosso do Sul segue a mesma tendência nacional, que em 2024 deve alcançar 306,5 milhões de toneladas, uma queda de 2,8% (8,9 milhões de toneladas a menos que no ano anterior). 

A expectativa do IBGE é que ocorra queda na produção de soja (604 mil toneladas a menos que no ano anterior, ou 4,25% a menos), no milho (3% a menos, ou 5,7 mil toneladas), e em outras culturas com áreas e volumes menos expressivos, como sorgo (-28,6% ou -133.379 t), feijão 2ª safra (-87,4% ou -11.921 toneladas), arroz (-3,56% ou -1.550 toneladas) e trigo (-38% ou -48.926 toneladas). 

A única cultura agrícola que deve ter produção maior neste ano em Mato Grosso do Sul é o algodão: 14,4% de aumento, ou 21 mil toneladas a mais. 

Participação nacional

Apesar da leve redução na previsão de produção, Mato Grosso do Sul continua despontando como uma das potências do agronegócio brasileiro. Mato Grosso do Sul deve responder por 9% da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas do Brasil, a quarta colocação dentre as unidades da federação. 

Quem lidera esse ranking, segundo o IBGE é o Estado de Mato Grosso, que responderá em 2024 por 31,4% da produção nacional. O Paraná aparece na sequência, com 14,4% da produção brasileira, que, por sua vez, é seguido por Goiás: 10,4%. 

Depois de Mato Grosso do Sul, aparece o Rio Grande do Sul, que responderá por 8,6% dos grãos, cereais e oleaginosas produzidos no Brasil. 

A Região Centro-Oeste lidera com folga este ranking, responsável por mais da metade (51,1%) dos grãos produzidos no Brasil. Ela é seguida pelo Sul (25,3%), Sudeste (9,7%), Nordeste (8,6%) e Norte (5,3%). 

Soja  

A colheita de soja em Mato Grosso atingiu uma área de 3.884.468 hectares, registrando um aumento de 6,3% em comparação a 2022, quando a área cultivada foi de 3.652.739 hectares. A produção de soja no estado atingiu 14.193.250 toneladas em 2023, estabelecendo um novo recorde na série histórica do IBGE, com um notável incremento de 66,2% (equivalente a 5,6 milhões de toneladas) em relação ao ano anterior.

Com esse desempenho, Mato Grosso do Sul se destaca como o quarto maior produtor de soja do país, respondendo por 9,3% da produção total. Mato Grosso mantém sua posição como o principal produtor nacional, contribuindo com 4,46 milhões de toneladas, o que representa 29,2% do total.

As projeções para a soja em 2024 indicam números semelhantes, com uma estimativa de área plantada/colhida de 4.013.351 hectares, representando um aumento de 3,3% em relação a 2023. A produção esperada para o grão é de 13.589.240 toneladas, uma redução de 4,3% em comparação ao ano anterior.

Milho 

A safra de milho em Mato Grosso do Sul para 2024 é estimada em 12,5 milhões de toneladas, refletindo uma queda de 5,8% em relação a 2023, com uma redução de 950 mil toneladas.

Analisando por safra, prevê-se um decréscimo de 3,0% na produção do milho 1ª safra e uma queda de 7,1% na produção do milho 2ª safra. Em relação à área plantada, há uma previsão de redução de 0,97% para o milho 1ª safra e estabilidade para o milho 2ª safra.

Quando consideradas as unidades federativas, Mato Grosso do Sul ocupa a décima quarta posição em termos de produção de milho 1ª safra (173.456 toneladas). Os maiores produtores são o Rio Grande do Sul, com 5,9 milhões de toneladas, Minas Gerais, com 4,5 milhões de toneladas, e o Paraná, com 3,0 milhões de toneladas.

Quanto ao milho 2ª safra, Mato Grosso do Sul sobe para a terceira posição, com uma produção de 12,3 milhões de toneladas, ficando atrás apenas de Mato Grosso, com 38,9 milhões de toneladas, e Paraná, com 14,0 milhões de toneladas.

Algodão herbáceo 

Na safra de 2024, Mato Grosso do Sul prevê um aumento significativo de 14,4% na produção de algodão herbáceo em comparação a 2023, totalizando um acréscimo de 21.011 toneladas.

A área plantada também deve apresentar um aumento de 8,7%. No ranking das unidades federativas, Mato Grosso do Sul ocupa a terceira posição, com uma produção de 166.299 toneladas, ficando atrás apenas de Mato Grosso (5,0 milhões de toneladas) e Bahia (1,7 milhão de toneladas).

Cana-de-açúcar 

As estimativas para 2024 indicam estabilidade tanto na área plantada quanto na área colhida de cana-de-açúcar em Mato Grosso do Sul, em comparação a 2023. A produção esperada é de 51,7 milhões de toneladas, mantendo-se próxima ao volume de 2023 (51,7 milhões de toneladas).

Em nível nacional, São Paulo lidera como o maior produtor de cana-de-açúcar, com 378 milhões de toneladas, seguido por Goiás (81 milhões de toneladas) e Minas Gerais (80,9 milhões de toneladas), enquanto Mato Grosso do Sul ocupa a 4ª posição entre os maiores produtores do país.

Feijão 

O terceiro prognóstico para a produção de feijão em Mato Grosso do Sul em 2024, considerando as três safras, é de 3,6 mil toneladas. Apesar do aumento previsto na área plantada (de 11.405 hectares em 2023 para 12.169 hectares em 2024) e na área colhida (de 11.343 hectares em 2023 para 12.119 hectares em 2024), há uma queda significativa de 79,3% em relação à safra de 2023, que registrou uma produção de 17,8 mil toneladas. Em 2024, o estado deverá produzir 326 toneladas na 1ª safra, 11.088 toneladas na 2ª safra e 755 toneladas na 3ª safra.

No cenário nacional, a previsão de produção de feijão é de 3,1 milhões de toneladas, apresentando um aumento de 4,2% em relação à safra colhida em 2023. A 1ª safra deve contribuir com 1,0 milhão de toneladas, a 2ª safra com 1,3 milhão de toneladas e a 3ª safra com 715,7 mil toneladas.