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BOI GORDO

Frigoríficos operam com cautela e pecuaristas seguram animais no pasto

As indústrias seguem comprando só o suficiente para garantir o preenchimento das escalas de abate, enquanto os produtores cadenciam a oferta, apostando em preços mais altos

19 abril 2024 - 07h31Por DBO Rural

As indústrias frigoríficas brasileiras estão comprando apenas o suficiente para garantir o preenchimento das escalas de abate, enquanto os pecuaristas seguem segurando a oferta, à espera de preços mais altos, relatam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.

Nas praças de São Paulo, a estratégia dos produtores surtiu efeito ontem (18/4), segundo apurou a Scot Consultoria.

“O mercado paulista está menos ofertado no momento e, para compor as escalas de abate, os frigoríficos estão pagando R$ 2/@ a mais para boiadas destinadas ao mercado interno”, relata a Scot, que acrescenta: “Há compradores ofertando o mesmo preço do boi-China (padrão-exportação) para o boi comum”.

Pelos dados da Scot, a arroba do macho terminado destinado ao mercado doméstico está valendo agora R$ 232 em São Paulo, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 205/@ e R$ 220/@, respectivamente (preços brutos e a prazo).

O “boi-China” abatido no mercado paulista está cotado em R$ 235/@, com ágio de apenas R$ 3/@ em relação ao preço do animal “comum”, acrescenta a Scot.

Na avaliação da Agrifatto, a conjunção de um bom volume de chuvas e relatos de maior dificuldade em encontrar fêmeas está dando suporte para que o boi gordo passe por valorização em algumas regiões brasileiras, como foi o caso da praça paulista.

O Estado, diz a Agrifatto, apresentou a maior força nos últimos dias, onde o boi gordo já emplacou alta de 1,4% no comparativo semanal, atingindo o maior patamar desde o dia 28 de fevereiro deste ano. Pelos dados da consultoria, os pecuaristas de São Paulo negociam o boi gordo (média entre o animal “comum” e o “boi-China”) em R$ 232,50/@.

Segundo a Agrifatto, após um alívio temporário da pressão de baixa sobre os preços da arroba, os frigoríficos brasileiros adotaram uma postura ainda mais cautelosa, realizando negociações de forma gradual e compassada, adquirindo apenas o suficiente para garantir o atendimento das escalas de abate por pelo menos oito dias úteis, em média nacional.

Por outro lado, diz a consultoria, os pecuaristas pressionam os preços para cima, impulsionados pela melhoria nutricional das pastagens naturais, o que proporciona uma melhor condição de retenção dos animais.
Diante desta “queda de braços”, as cotações do boi gordo seguem estáveis na maioria das praças brasileiras, registrando apenas algumas altas pontuais (como em São Paulo).

No mercado futuro, na quarta-feira, o contrato do boi gordo com vencimento para abril de 2024 encerrou cotado em R$ 234,40/@ na bolsa B3, com baixa de 0,53% em relação ao dia anterior.

Em contrapartida, o contrato para maio de 2024 encerrou o pregão a R$ 236,20, apresentando um aumento de 0,21% em comparação com o valor de terça-feira (16/4).