Menu
Busca segunda, 06 de maio de 2024
Busca
(67) 3345-4200
Campo Grande
Previsão do tempo
30º
BOI GORDO

Exportações e boi retido no pasto garantem uma arroba firme, sem chance para quedas

Com condições climáticas favoráveis, pecuaristas ainda determinaram os valores da matéria prima (boi gordo) e negociaram pequenos lotes, sustentando as cotações durante o mês

26 abril 2024 - 07h31Por DBO Rural

Apesar do avanço do outono, o mercado do boi gordo segue firme nesta última semana de abril, com a exportação aquecida e uma oferta (de boiada gorda) mais morosa, relata o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria.

Neste mês, até a terceira semana, 155,9 mil toneladas de carne bovina in natura foram exportadas, volume, na média diária, 70,0% superior ao registrado em abril/23, informa Fabbri, citando dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

“Até o fim de abril, os embarques devem consolidar um novo recorde mensal”, antecipa o analista, que acrescenta: “O câmbio firme colabora para o setor de exportação; com o real depreciado, ganhamos em competitividade”.

Segundo Fabbri, a grande pergunta que fica é “se a atual firmeza às cotações do boi gordo veio para ficar? A sinalização (dos preços) no mercado futuro revela que sim”, sugere o analista.

Considerando o indicador Cepea/Esalq, a referência no mercado físico (24/4/24) foi de R$ 232,60/@. No mercado futuro (B3), a sinalização (fechamento de 24/4/24) é de um mercado firme para maio (R$ 232,95/@) e para junho (R$ 233,55/@).

“De julho adiante, a expectativa do mercado é de altas mais contundentes”, observa Fabbri, completando: “O contrato para outubro/24, referência para o segundo semestre e segundo giro de confinamento, indica atualmente um ágio de R$12,00/@ com relação ao mercado físico, negociado em R$245,30/@ (fechamento de 24/4/24)”.

Na avaliação do analista da Scot, “em um ano com custos com a alimentação mais controlados e uma reposição com preços de lado, a sinalização (para o confinador/ pecuarista) que tem boiadas a negociar adiante soa favorável”.

Na quinta-feira (25/4), pelos dados da Scot, as cotações dos animais terminados ficaram estáveis no mercado paulista.

Com isso, o boi gordo “comum” (sem prêmio-exportação) segue valendo R$ 232/@, enquanto a vaca e a novilha gordas foram negociadas por R$ 205/@ e R$ 220/@ (preços brutos e a prazo), respectivamente. O “boi-China” (base SP) está cotado em R$ 235/@, com ágio de R$ 3/@ sobre o animal “comum”.

Segundo a Scot, no Estado de São Paulo, as indústrias frigoríficas estão comprando com cautela, buscando apenas preencher as escalas de abate ainda incompletas. “As programações estão, em média, para 10 dias úteis”, apurou a consultoria.

egundo a Agrifatto, de uma maneira geral, considerando as principais praças pecuárias do País, os preços no mercado físico permaneceram estáveis, sem alterações significativas no comportamento.

“Com condições climáticas favoráveis, os pecuaristas ainda determinaram os valores da arroba e negociaram pequenos lotes, apenas o necessário para garantir o atendimento das escalas em nove abates, na média nacional”, reforça a Agrifatto.