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Embarques brasileiros atingem receita recorde de US$ 11,4 bi em 2025, tendo China como protagonista

Exportações da proteína nos primeiros nove meses do ano registram forte acréscimo de 37,3% sobre o resultado obtido em igual período de 2024

08 outubro 2025 - 15h47Por O Estado de São Paulo | Abrafrigo
Embarques brasileiros atingem receita recorde de US$ 11,4 bi em 2025, tendo China como protagonista

No acumulado de janeiro a setembro deste ano, as exportações brasileiras de carne bovina in natura (congelada, resfriada e fresca) somaram US$ 11,4 bilhões, um forte acréscimo de 37,3% sobre a receita obtida em igual período de 2024, de US$ 8,3 bilhões, segundo dados apurados pelo Portal DBO com base em informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Trata-se de um novo recorde histórico para o período, superando o recorde de igual período de 2022, de US$ 9,2 bilhões.

Em volume, as vendas externas da proteína no acumulado dos nove meses do ano também atingiram recorde, alcançando 2,1 milhões de toneladas, um aumento de 16,4% em relação ao resultado obtido entre janeiro e setembro de 2024, de 1,8 milhão de toneladas (recorde anterior). O preço médio da carne in natura exportada no período de janeiro a setembro de 2025 ficou em US$ 5,30/kg, 18% acima da cotação média obtida em igual intervalo do ano passado, de US$ 4,49/kg, e ainda longe do recorde obtido nos primeiros nove meses de 2022, de US$ 6,11/kg. China, EUA e Chile são os principais compradores.

Em receita, a China respondeu por 52,9% das compras totais registradas no período de janeiro a setembro/25, o equivalente a US$ 6 bilhões. Considerando o mesmo período, os EUA ficaram em segundo lugar no ranking dos principais importadores da carne bovina brasileira, com aquisições totais de US$ 941,3 bilhões (participação de 8,3%), seguido pelo México (US$ 511,9 milhões e 4,5% de participação) e Chile (US$ 492,8 milhões e de 4,3% de participação).

Na avaliação dos analistas da Agrifatto, o principal responsável pelo desempenho recorde dos embarques de carne bovina em setembro/25 foi a China. Os envios para o gigante asiático cresceram 18,48% e 38,2% no comparativo mensal e anual, respectivamente, atingindo 187,27 mil toneladas em setembro/25, o maior volume enviado em um único mês para o gigante asiático, destaca a consultoria. A receita obtida em reais com a venda de carne bovina para a China alcançou R$ 5,58 bilhões, valor 18,48% superior ao registrado em agosto de 2025.

Entre os novatos, destaque para Filipinas e Indonésia. O número de parceiros comerciais do Brasil também cresceu nesta parcial de 2025, com destaque para Filipinas e Indonésia, que abriram a “porteira” recentemente (a partir de agosto/25) para a carne bovina com osso e miúdos. “Esse maior número de países também veio acompanhado de um melhor desempenho, o que levou 2025 a registrar mais um recorde”, observam os analistas da Agrifatto.

Segundo a consultoria, a manutenção do boi “mais barato do mundo” tem sido um fator decisivo para o avanço das exportações brasileiras. “Com preços competitivos, ampliação de parceiros comerciais e forte demanda internacional, o Brasil consolida sua posição como principal fornecedor global de carne bovina”, destaca a Agrifatto.