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BOI GORDO

Disputa entre indústrias frigoríficas e pecuaristas reduz liquidez do mercado

O boi gordo "comum" (destinado ao mercado interno) vale R$ 240/@, enquanto a vaca e a novilhas gordas são negociadas por R$ 220/@ e R$ 237/@

16 janeiro 2024 - 07h31Por DBO Rural

A disputa entre pecuaristas que buscam aumentar os preços do boi gordo e a indústria frigorífica que exerce pressão de baixa sobre os valores da arroba tem levado a uma queda na liquidez no mercado, reduzindo o volume de negócios na primeira metade de janeiro, informou ontem (15/1) a Agrifatto.

“Por conta da redução na demanda por carne bovina, especialmente no decorrer da segunda semana de janeiro, os frigoríficos brasileiros compassaram as aquisições de animais prontos”, ressalta a consultoria.

Com isso, as programações das indústrias permaneceram inalteradas, em comparação com a semana anterior, sustentando nove dias, na média nacional, calcula a Agrifatto. Os preços médios do boi gordo em São Paulo seguiram em R$ 245/@, segundo a consultoria.

Numa movimentação atípica, uma (região da Bahia) das 17 praças acompanhadas pela Agrifatto registrou valorização na arroba nesta segunda-feira.

Na praça de Goiás, houve desvalorização da arroba, aponta a consultoria. As outras 15 regiões mantiveram as indicações laterais (veja as cotações atuais levantadas pela Agrifatto ao final deste texto).

No mercado futuro, o contrato com vencimento para janeiro de 2024 ficou cotado em R$ 247,10/@ na última sexta-feira, com recuo de 0,22% no comparativo diário.

Na visão da S&P Global Commodity Insights, atualmente, observa-se um “equilíbrio” no mercado brasileiro do boi gordo. “Neste momento, indústrias e pecuaristas ajustam o ritmo das negociações”, relata.

Com isso, continua a S&P Global, o mercado físico do gado gordo vivencia transações em ritmo moderado, com alguns frigoríficos expressando interesse, mas a maioria já operando com escalas de abate mais prolongadas.

“Essa produção doméstica de carne bovina, afirma a consultoria, segue em sintonia com as vendas da proteína no mercado atacadista e varejo, sem expectativas de crescimento expressivo no consumo antes do início do Carnaval, no começo de fevereiro”.

Diante de tal lentidão, os preços da arroba do boi gordo permanecem praticamente inalterados nas praças monitoradas pela S&P Global.

“A estabilidade persiste, com a atenção voltada para a renda da população, que reflete diretamente na demanda interna por proteínas animais”, observam os analistas.

Pelo levantamento realizado pela Scot Consultoria nas praças de São Paujlo, os poucos compradores ativos no Estado ditam a estabilidade na arroba.

“Com boa parte das indústrias frigoríficas fora das compras e as escalas já preenchidas, para em média 9 dias, os preços estão estáveis na comparação com o último fechamento (12/1)”, relata a Scot.

Com isso, o boi gordo “comum” (destinado ao mercado interno) segue valendo R$ 240/@, enquanto a vaca e a novilhas gordas são negociadas por R$ 220/@ e R$ 237/@, respectivamente (preços brutos e a prazo), de acordo com apuração da Scot.

A arroba do “boi-China” está cotada em R$ 245 (base SP, bruto e a prazo), com ágio de R$ 5/@ sobre o animal terminado “comum”, acrescenta a consultoria.