O mercado físico do boi gordo vai sofrendo os impactos da imposição de novas tarifas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. O analista da consultoria Safras & Mercado Fernando Iglesias sinaliza que, durante o dia, diversos frigoríficos passaram a se ausentar da compra de gado por conta da “turbulência” causada pelo anúncio de taxa de 50% aos produtos brasileiros exportados aos norte-americanos.
“O mercado futuro também apresentou intenso movimento de queda, considerando a relevância dos Estados Unidos, que em 2025 respondem por aproximadamente 15% das exportações brasileiras. Diante do aumento da tarifação o Brasil perde competitividade em relação a Austrália, Argentina e Uruguai, e se não houver mudanças até o final do mês a expectativa é de perda de participação no mercado norte-americano”, disse.
Cotação média do boi gordo: São Paulo: R$ 305. Goiás: R$ 286,43. Minas Gerais: R$ 293,53. Mato Grosso do Sul: R$ 309,32. Mato Grosso: R$ 311,28. O mercado atacadista se depara com preços mistos. Segundo Iglesias, o ambiente de negócios sugere por algum espaço para reajustes no decorrer da primeira quinzena do mês, período pautado por maior apelo ao consumo.
“Entretanto, vale destacar que a carne de frango ganhou grande competitividade em relação às concorrentes, em especial na comparação com a carne bovina”, pontuou. O quarto traseiro foi precificado a R$ 22,50 por quilo, queda de R$ 0,50; o quarto dianteiro ainda é cotado a R$ 18,75 por quilo; e a ponta de agulha foi precificada a R$ 18,50 por quilo, alta de R$ 0,25.