O preço pago pela arroba do "boi-China" (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade) está em R$ 255 - Crédito: DivulgaçãoOs compradores abriram a quarta-feira (5/7) oferecendo R$ 3/@ a mais para o boi gordo e para a novilha gorda nas regiões do interior paulista, informa a Scot Consultoria.
Com a nova alta, o boi destinado ao mercado interno (sem prêmio-exportação) está sendo negociado em R$ 250/@, a vaca em R$ 212/@ e a novilha em R$ 235/@ (preços brutos e a prazo), segundo a Scot.
O preço pago pela arroba do “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade) está em R$ 255, base São Paulo, preço bruto e a prazo – portanto, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal destinado ao mercado interno.
Na região de Redenção, no Pará, as cotações de todas as categorias também subiram, de acordo com os dados da Scot. O boi subiu R$ 3/@, e vaca e a novilha gordas tiveram alta de R$ 5/@ na mesma região (Redenção).
Com isso, informa a Scot, o boi está precificado em R$ 200/@, a vaca em R$ 185/@ e a novilha em R$ 205/@ (preços brutos e a prazo). A cotação do “boi-China” subiu R$ 5/@ em Redenção, para R$ 210/@ (preço bruto e a prazo), com premiação de R$ 10/@ sobre o animal comum.
Segundo apuração da S&P Global Commodity Insights, o mercado do boi gordo permanece estável na maioria das praças pecuárias do País. Porém, diz a consultoria, já se observa que há grandes dificuldades em efetuar negociações em patamares abaixo das cotações mínimas para o período.
“Com a menor oferta de boiada disponível para abate, os pecuaristas galgam melhores condições de preços, munidos de uma janela de oportunidade para efetuar a retenção de animais nas propriedades”, afirma a S&P Global, lembrando que, “apesar da piora da qualidade dos pastos, os custos com suplementação estão mais baixos”, relata a S&P Global.
Por outro lado, continuam os analistas, alguns frigoríficos adotam estratégias para conter o ambiente altista. “Há registros de indústrias que operam cerca de duas vezes por semana, diluindo os seus abates de modo a avançar virtualmente as suas operações, condicionando menor apetite comprador”, observa a S&P Global.
Por outro lado, há processadoras que ainda buscam compor suas escalas para a semana em curso. “A correção positiva dos preços nesta quarta-feira é fundamentada sobretudo pela relação de oferta apertada, conjuntura observada na maior parte das regiões produtoras do País”, ressaltam os especialistas.
No Mato Grosso, informa a S&P Global, as cotações avançaram diante de escalas encurtadas. A mesma tendência foi observada em Rondônia, com uma particularidade: os preços do boi gordo avançam de modo a corrigir o spread (diferença no valor da arroba) formado frente a demais regiões.
Em relação ao mercado externo, relata a S&P Global, apesar do dólar ter cessado os movimentos de valorização frente ao real, há relatos de contínuas tentativas de importadores chineses em efetuar novos recuos no preço da tonelada paga pela carne bovina brasileira.
