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Coccidiose está presente em todas as propriedades

31 maio 2012 - 03h34Por Dia de Campo

coccidiose bovina, também conhecida como eimeriose, é uma enfermidade infecciosa causada por um protozoário do gênero Eimeria e está relacionada com alterações no trato intestinal, causando grandes perdas econômicas na bovinocultura. Ela afeta, na maioria das vezes, animais jovens, podendo também ocorrer em animais mais velhos em propriedades onde haja um manejo incorreto, ou onde os animais estão submetidos a estresse.

Apesar de inúmeras formas de tratamento já estarem disponíveis no mercado, o mais indicado é a prevenção através de medidas de manejo adequadas. Ambiente limpo, colostragem correta e realização de exames periódicos são algumas das medidas que podem manter o rebanho saudável, evitando prejuízos para o bolso do produtor. 

Eventualmente, verificamos a ocorrência de surtos de coccidiose entre bovinos adultos, envolvendo vacas no período de transição, garrotes em confinamento e criados em regiões de alta umidade e temperatura — afirma Saul Hatem Honorato, coordenador de serviços veterinários da Bayer Saúde Animal.

Segundo ele, um estudo recente realizado em fazendas tecnificadas de Minas Gerais mostrou que a coccidiose está presente em 100% das propriedades e em 66% dos animais, manifestando-se em qualquer lugar onde bezerros são criados e que seu maior impacto ocorre em animais de até um ano de idade. Outro fato importante é a característica climática do país, que apresenta condições ideais para a multiplicação da coccidiose.

— A coccidiose pode apresentar-se de duas formas: clínica e subclínica. Sendo a segunda, a forma mais frequente e que causa maiores danos à produção, justamente por não ser percebida claramente pelo produtor. Os animais apresentam sinais brandos como diminuição no consumo de alimentos, queda da conversão alimentar e consequentemente atraso no desenvolvimento. É de suma importância realizar o diagnóstico diferencial para quadros de verminoses, desnutrição e deficiências alimentares.

Já a forma clínica é caracterizada pela ocorrência de diarreias, que podem variar de intensidade, com presença ou não de sangue, apresentar-se de forma profusa ou durar alguns dias, por isso é conhecida também como curso de sangue, curso vermelho ou curso negro. Pode-se verificar ainda desidratação e anemia — explica o coordenador. Já o prejuízo causado, de acordo com ele, se deve principalmente à diminuição do desempenho e desenvolvimento dos animais acometidos, podendo ainda levá-los à morte. Os gastos com mão-de-obra, medicamentos e manejo também devem ser levados em conta.