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"Chuva de bezerro" faz preço recuar R$ 350/cabeça desde o início do ano

A oferta de animais jovens continua elevada, já que as condições de suporte de pastagem estão em declínio

13 junho 2022 - 08h19Por DBO Rural

Considerando os 13 Estados monitorados diariamente pela equipe de analistas da Scot Consultoria, o preço médio do bezerro de desmama registrou queda de R$ 350/cabeça desde o início do ano.

“O cenário é explicado pelo forte avanço de oferta de bezerros, especialmente nas últimas semanas, resultado do processo de retenção de matrizes observado nos últimos anos”, justificam os analistas da Scot.

Nesta semana, as cotações do bezerro de ano e de desmama (média dos 13 Estados monitorados) registraram quedas de 1,5% e 1,1%, respectivamente, em relação aos preços da semana anterior. No acumulado de 2022, segundo a Scot, o recuo da cotação das duas categorias foi de 10,3% e 12,1%.

Considerando a média de todas as categorias, entre machos e fêmeas anelorados e Estados monitorados, as cotações tiveram baixa de 0,9% no balanço semanal.

As quedas na última semana foram puxadas pelos machos, com recuo de 1,2%, na média de todos os Estados e categorias monitoradas, frente à retração de 0,7% das fêmeas na mesma comparação.

Segundo boletim divulgado na quinta-feira (9/6) pela IHS Markit, depois de atingir mínimas em mais de um ano, os preços de gado para reposição se acomodaram.

“O fluxo das comercializações evolui de forma lenta entre as principais praças pecuárias”, afirma a consultoria.

Porém, observam os analistas da IHS, a oferta de animais jovens continua elevada, já que as condições de suporte de pastagem estão em declínio, tanto em função dos baixos níveis de umidade como pela queda nas temperaturas em todo o País.

Na avaliação da IHS, a retomada consistente nos preços da arroba no mercado do boi gordo vem garantindo uma vantajosa relação de troca aos recriadores/invernistas, ao mesmo tempo em que permite o planejamento de recomposição dos planteis nas propriedades.

Entre as principais praças pecuárias da região Norte do País foi observado um fluxo mais consistente de negócios, informam os consultores.

Porém, a maior oferta de animais, sobretudo bezerrada de ano, limitou maiores avanços nos preços das diversas categorias de reposição, observa a IHS.

No Centro-Oeste, a semana também foi de preços um pouco mais sustentados para maioria das categorias de animais jovens. “Depois de acumular severas quedas, os preços se mostraram mais firmes, efeito de uma melhora paulatina dos negócios na região”, destaca a IHS.

Na região Sudeste, os preços dos bovinos de reposição chegaram a esboçar tímidas altas em Minas Gerais, mas se mantiveram estagnados no interior paulista.

“Agentes no setor ainda procuram parcerias com boiteis e negociações com grandes confinadores para tentar driblar os altos custos com nutrição animal”, afirma a IHS, referindo-se aos planejamos relacionados à atividade de confinamento.

Na região Sul, continua a IHS, o mercado de reposição segue com morosidade de negócios, com pequenos ajustes nas praças do Paraná e preços lateralizados no Rio Grande do Sul.