AÇÚCAR: Os preços médios do açúcar cristal recuaram com força no mercado spot de São Paulo no início de novembro, evidenciando um mercado comprador mais cauteloso, possivelmente antecipando uma maior disponibilidade de produto com o avanço da safra 2025/26 e a continuidade das operações de moagem em diversas regiões produtoras.
ALGODÃO: Depois de atingirem um pico em maio deste ano, os preços médios do algodão em pluma vêm, desde então, registrando quedas mensais consecutivas – já são seis meses seguidos de baixa, levando a média de novembro ao menor patamar desde setembro de 2009, em termos reais (IGP-DI de out/25).
ARROZ: O cenário do mercado de arroz em casca do Rio Grande do Sul seguiu desfavorável em novembro, marcado pela reduzida atuação de agentes no spot e pela continuidade das quedas de preços. Com as cotações ainda abaixo dos custos de produção, muitos orizicultores adotaram postura cautelosa e concentraram esforços nas atividades de campo.
BOI: Os preços do boi gordo tiveram apenas ligeiras altas ao longo de novembro. Assim, as médias regionais ficaram acima das de outubro, mas recuaram em relação às de novembro do ano passado. Boa parte das escalas de abate foi preenchida com animais de contrato e isso aliviou a demanda no spot, permitindo que indústria negociasse reajustes moderados.
CAFÉ: Os preços médios dos cafés arábica e robusta atravessaram novembro em forte oscilação, mas os patamares estiveram bem próximos aos observados em outubro. Ao longo do mês, os valores internos do grão foram influenciados pelas, até então, expectativas de exclusão do café da lista de produtos sobretaxados nos Estados Unidos e, posteriormente, a partir do dia 20, pela isenção do grão da tarifa extra de 40%, e também pelos cenários climáticos tanto no Brasil quanto no Vietnã.
ETANOL: O mês de novembro, o penúltimo de moagem de cana-de-açúcar da safra 2025/26 no Centro-Sul, se encerrou com avanços nos preços dos etanóis anidro e hidratado no estado de São Paulo. Vale lembrar que, em igual período de 2024, o comportamento dos preços era de queda, o que frustrava a expectativa de agentes do mercado que esperavam por alta das cotações.
FEIJÃO: Os preços dos feijões carioca e preto seguiram em queda ao longo de novembro, com interesse comprador limitado à reposição de estoques. A desvalorização mais intensa foi registrada no feijão preto, seguida pelo carioca, com notas 9,0 ou superiores, e, depois, pelos de notas 8,0 e 8,5.
FRANGO: Depois de avançarem por três meses consecutivos, os preços da carne de frango recuaram em novembro. Segundo agentes consultados pelo Cepea, a maior disponibilidade de frango vivo para abate ao longo do mês acabou elevando a oferta de carne no mercado atacadista.
MILHO: Os preços do milho seguiram firmes em novembro na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. O suporte veio da retração de vendedores, que continuaram focados nas atividades envolvendo a semeadura da safra verão. A demanda também registrou aumento em novembro.
OVINOS: Com a proximidade das festas de fim de ano, a demanda por carne ovina cresceu em novembro, resultando em alta nas cotações do cordeiro vivo em quase todas as regiões acompanhadas pelo Cepea.
SOJA: Chuvas irregulares, casos de necessidade de replantio e demanda externa aquecida deixaram produtores brasileiros resistentes em negociar novos lotes da soja em grão em novembro. Esse cenário limitou a liquidez no mercado spot nacional ao mesmo tempo em que impulsionou os preços domésticos da oleaginosa.
TRIGO: A produção mundial de trigo deve crescer 3,5% e atingir volume recorde de 828,89 milhões de toneladas na safra 2025/26, segundo apontam dados divulgados pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) em novembro.
