Seis países árabes estão entre os principais destinos da carne bovina produzida no Brasil neste ano, de acordo com levantamento da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), informa a Agência de Notícias Brasil-Árabe (ANBA). Segundo dados divulgados na terça-feira (7) pela associação, o setor registrou recorde no total das exportações em setembro e também no acumulado do ano, mesmo após o aumento de tarifas imposto pelos Estados Unidos entrar em vigor. Segundo a Abrafrigo, em setembro, foram exportados US$ 1,920 bilhão, um crescimento de 49%, em valores, sobre o mesmo mês de 2024. Em volumes, os embarques somaram 373,8 mil toneladas, em alta de 17% na mesma comparação. No acumulado do ano, o faturamento com exportações soma US$ 12,7 bilhões, em alta de 35,8% sobre a mesma comparação de 2024. Em volumes, foram exportadas 2,3 milhões de toneladas, em alta de 18,7%.
No ano, o principal destino das exportações foi a China, que importou US$ 6 bilhões entre janeiro e setembro. Foi seguida pelos Estados Unidos, que compraram US$ 1,7 bilhão, México, Chile, Rússia, Filipinas, Itália, Hong Kong, Egito e Arábia Saudita, entre os dez principais destinos. O Egito, no ano, importou US$ 240,2 milhões, em queda de 3,8% em comparação com o mesmo período de 2024 até setembro. A Arábia Saudita, por sua vez, ampliou suas compras em 7,7% na variação anual, para US$ 219,2 milhões. A Argélia foi o 13º destino da carne bovina e derivados brasileiros, com aquisições que somaram US$ 185,3 milhões, em expansão de 18,3%. As vendas para os Emirados Árabes Unidos, 14º maior comprador, caíram 72,6%, a maior retração anual entre os 20 principais importadores. O Líbano foi o 17º destino das vendas, com um total de US$ 100 milhões negociados no ano, em alta de 42,7%. A Líbia, 19º destino das exportações do setor, ampliou suas compras em 45,8%, para US$ 91,2 milhões.
No total, afirma a nota da Abrafrigo, 130 países compradores de carne bovina brasileira ampliaram suas compras no acumulado do ano e 48 reduziram. Os dados da Abrafrigo são calculados a partir de informações do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e reúnem carne in natura, industrializada, miudezas comestíveis e sebo, entre outros subprodutos.