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BOI GORDO

Carne bovina segue longe dos carrinhos dos supermercados, freando os negócios

Churrasco perde espaço para as obrigações fiscais, além das despesas com matrículas, materiais escolares e do aumento do saldo no cartão de crédito

18 janeiro 2024 - 07h31Por DBO Rural

Como em anos anteriores, o mês de janeiro configura-se como atípico para o mercado do boi gordo. “Após os gastos do fim de ano, chegou o momento de regularizar as finanças, já que o período é marcado pelas obrigações fiscais como IPVA e IPTU, além das das despesas com matrículas, materiais escolares e do aumento do saldo no cartão de crédito devido às comemorações de Natal e viagens de férias”, reforçou Agrifatto.

Anualmente, tais fatores restringem o poder de compra do consumidor e derrubam o consumo de carne bovina, sobretudo durante a segunda quinzena de janeiro. Diante desse contexto, diz a Agrifatto, o mercado de carne bovina, com e sem ossos, já enfrenta cenários de instabilidade e fragilidade que se estendem também às proteínas concorrentes, como a suína e de aves.

Segundo a Agrifatto, as vendas de cortes bovinos no varejo e as distribuições no atacado vêm se arrastando como fracas desde o final da semana passado. “Existem mercadorias paradas nos distribuidores sem previsão de descarga e embarcadas nos frigoríficos sem destino de venda definido”, afirmam os analistas da Agrifatto, acrescentando: “Persistem as solicitações para adiar carregamentos de produtos provenientes das negociações da semana anterior”.

Ontem (17/1), a cotação média do boi gordo em São Paulo seguiu em R$ 245/@, apontou a Agrifatto. Todas as 17 praças acompanhadas pela consultoria mantiveram as indicações laterais, acrescenta os analistas. Na avaliação da Scot Consultoria, o consumo (de carne bovina) abaixo das expectativas está deixando o mercado do boi gordo “morno”.

“Agentes de mercado indicam um viés de baixa nos preços da arroba”, relata a Scot, que completa: “Apesar da boa oferta de gado, e escalas sendo formadas para em média 9 dias, levando os frigoríficos a cumprirem somente com os compromissos já firmados”.

Dessa maneira, continua a consultoria, as cotações da arroba do boi gordo seguem em R$ 240 no mercado de São Paulo, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 215/@ e R$ 237/@, respectivamente (preços brutos e a prazo). O “boi-China” está cotado em R$ 245/@ no Estado de São Paulo, valor bruto e a prazo, um ágio de R$ 5/@ sobre a cotação do animal “comum”.

Na B3, todos os contratos futuros tiveram reajustes negativos na terça-feira (16/1). O contrato com vencimento para janeiro de 2024 ficou em R$ 244,05/@, o que representa recuo de 1,51% no comparativo diário, informa a Agrifatto. Apuração da S&P Global Commodity Insights revelou que muitos frigoríficos compradores estão fora das negociações de boiadas gordas, indicando uma retomada para a próxima semana, de modo a alocar os animais na programação de produção.