Menu
Busca sábado, 19 de julho de 2025
Busca
(67) 3345-4200
Campo Grande
Previsão do tempo
12º
BOI GORDO

Cai novamente a cotação do boi gordo em SP, diz Scot Consultoria

O preço do macho terminado no mercado interno paulista recuou R$ 2/@, ficando em R$ 313/@, enquanto o boi-China teve baixa de R$ 5/@, cotado a R$ 320/@

15 julho 2022 - 07h38Por DBO Rural

Com escalas de abate bem posicionadas, a pressão de baixa perdura nas praças do interior de São Paulo, informa nesta quinta-feira, 14 de julho, a Scot Consultoria. O mercado abriu o dia com queda de R$ 2/@ de boi gordo paulista direcionado ao mercado doméstico, agora negociado a R$ 313/@ (preço bruto e a prazo).

Os preços dos bovinos com padrão para exportação ao mercado da China (com até quatro dentes) também recuaram em São Paulo, com queda diária de R$ 5/@, ficando em R$ 320/@, de acordo com a Scot. As cotações das fêmeas prontas para abate permaneceram estáveis nesta quarta-feira, no mercado paulista, em R$ 282/@ (vaca) e R$ 304/@ (novilha).

Segundo os analistas da IHS Markit, apesar das escalas de abate não registrarem avanços significativos ao longo desta semana, a pressão de baixa nas cotações da arroba do boi gordo se manteve nesta quinta-feira nas principais praças brasileiras. Atualmente, as programações de abate ainda registram volumes suficientes para 7 a 10 dias na maior parte das praças pecuárias cobertas pela IHS Markit.

As atuações cadenciadas de compras por parte das indústrias e as indicações de preços em patamares inferiores às máximas vigentes continuam ditando o rumo do mercado, dizem os analistas. Porém, segundo observa a IHS, o mercado do boi gordo possui características distintas em certas regiões, com panoramas diferentes de oferta e demanda de animais terminados.

No Centro-Sul, as escalas de abate dos frigoríficos variam entre 5 a 7 dias e as operações de compra seguem envolvendo lotes pequenos de animais, reflexo da baixa disponibilidade de ofertas nas praças do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, relata a IHS. “Nessas regiões, as indústrias atuam com cautela, programando os seus abates de forma a conter avanços significativos da arroba do boi gordo”, observa a IHS.

Por sua vez, nas regiões Norte e Nordeste, a oferta de boiadas gordas é maior, porém o atual período de estiagem retirou a condição de retenção do gado nas propriedades. “Os pecuaristas cedem às pressões de baixa, liquidando animais de modo a evitar perda de peso e qualidade”, informa a IHS.

Nas regiões do Norte e Nordeste, as escalas de abate apresentam acomodações mais avançadas quando comparadas às programações das indústrias situados no Centro-Sul, notadamente devido a maior disponibilidade de gado terminado a pasto. Porém, a oferta de animais terminados nas regiões Norte e Nortes também já começa a apresentar sinais de recuos, acrescenta a consultoria.

De modo geral, a IHS Markit observa que o ambiente ainda é de estabilidade de preços nas praças pecuárias, refletindo a queda de braço entre indústrias e pecuaristas. Segundo projeção da IHS, as operações das indústrias devem permanecer em ritmo cadenciado no curtíssimo prazo, de modo a evitar solavancos nos preços do boi gordo nas próximas semanas de julho.

No mercado da carne bovina, o consumo doméstico continua patinando, dizem os analistas. “Para o curto prazo, o início da segunda quinzena do mês, caracterizada pelo menor consumo de carne bovina, deve continuar tirando o fôlego no mercado do boi gordo”, relatam os analistas da Scot Consultoria.

No entanto, observa a IHS, a demanda interna por cortes de carne bovina pode ser estimulada pela entrada de renda extra provinda de pacotes de benefícios à população oferecidos pelo governo federal.