A análise de hoje do Cepea/Esalq é sobre a relação de troca entre bezerro e boi gordo, indicativo importante sobre o desempenho das atividades de cria e de engorda. Para análise, foram considerados os Indicadores CEPEA/ESALQ do Bezerro (Mato Grosso do Sul) e do Boi Gordo (São Paulo), padronizando o animal terminado em 18 arrobas.
O cálculo mostra quantos bezerros podem ser adquiridos com a venda de um boi gordo. Vejam no gráfico a seguir dois movimentos importantes:
1. A Tendência Histórica: Há uma tendência de longo prazo de queda nessa relação de troca. Isso ocorre, em grande parte, devido à evolução da produtividade na cria e necessidade de maior ganho de peso no processo produtivo. Com o ganho genético e de manejo, o mercado negocia bezerros cada vez mais pesados e qualificados. Consequentemente, o preço por cabeça aumenta, exigindo mais arrobas de boi gordo para realizar a compra.
2. O Cenário de 2025 e a Virada de Ciclo: este ano tem confirmado os sinais de mudança de fase no ciclo pecuário, com uma perda significativa no poder de compra do terminador ao longo dos meses. No início do ano, era possível ao pecuarista de recria e engorda adquirir 2,10 bezerros com a venda de um boi gordo de 18@, enquanto neste início de dezembro, a troca se limita a 1,80 bezerro.
Para efeito de comparação, o menor patamar da série histórica foi atingido em outubro de 2021, com 1,65 bezerro. Essa queda acentuada reflete a valorização do animal de reposição acima da do boi gordo, característica típica de momentos de retenção e virada de ciclo.





