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Boi gordo: viés de baixa perde força e arroba se mostra mais firme

Boa oferta de boiadas gordas pressionou os preços na primeira quinzena deste mês, quadro que, hoje, aparenta ter encontrado um "piso" em SP, diz analista da Scot

17 junho 2024 - 14h00Por Portal DBO
Boi gordo: viés de baixa perde força e arroba se mostra mais firme

No curto prazo, o bom momento do setor de exportação (favorecido pela valorização do dólar frente o real) e a possibilidade de uma redução de oferta de fêmeas ao abate podem dar sustentação aos preços no mercado do boi gordo, relata o zootecnista Felipe Fabbri, analista da Scot Consultoria.

“É possível que, ao longo da segunda quinzena de junho/24, os preços físicos passem a ‘conversar’ melhor com os preços indicados no mercado futuro”, acrescenta Fabbri, referindo-se aos movimentos recentes de valorização dos contratos do boi gordo negociados na B3.

Na avaliação do analista da Scot, a boa oferta de boiadas gordas pressionou os preços na primeira quinzena deste mês, quadro que, hoje, aparenta ter encontrado um “piso” em São Paulo, reduzindo, ao menos, a tendência de queda no curto prazo.

Na última semana, diz Fabbri, o destaque ficou novamente para o segmento de exportação de carne bovina in natura. “A exportação segue como uma boa válvula de escape neste momento de maior oferta”, ressalta ele.

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Na parcial de junho/24 (até a primeira semana do mês), os embarques diários de carne bovina in natura alcançaram 11,6 mil toneladas – 26,3% acima do volume diário registrado em junho/23.

Segundo Fabbri, o consumo interno de carne bovina “também aparenta ter sido bom”, com uma demanda impulsionada pelo recebimento dos salários. “Isso também ajudou a diminuir parcialmente os estoques de carne na mão da indústria”, destaca.

No entendimento dos analistas da Agrifatto, a pressão de baixa sobre os valores da arroba foi menos marcante nesta última semana, na comparação com a semana anterior.
De acordo com a consultoria,  a disponibilidade de gado terminado teve uma pequena queda ao longo da semana passada, especialmente no caso de vacas e novilhas, “sugerindo que os preços da arroba podem ter atingido um ponto mínimo e, potencialmente, indicando o início de uma recuperação gradual nas próximas semanas”.

Na última sexta-feira, a cotação do boi gordo em São Paulo permaneceu em R$ 217,50/@ (média entre o animal “comum” e o “boi-China), segundo apuração da Agrifatto. “Todas as dezessete praças acompanhadas mantiveram suas cotações estáveis”, observa a consultoria.

Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na última sexta-feira (14/6):

São Paulo — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$225,00. Média de R$217,50. Vaca a R$195,00. Novilha a R$210,00. Escalas de abates de treze dias;

Minas Gerais — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$208,00. Média de R$204,00. Vaca a R$180,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de catorze dias;

Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$210,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias;

Mato Grosso — O “boi comum” vale R$200,00 a arroba. O “boi China”, R$200,00. Média de R$200,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de nove dias.