Memórias de um zebuzeiro narradas em 240 páginas e ilustradas em imagens que evidenciam toda a magnitude da raça. No livro o autor, Paulo Machado Borges, considerado pela família um “arquivo vivo”, por ter acompanhado boa parte da história que envolve a criação do Zebu, em terras brasileiras, traz à tona lembranças dos campos de Uberaba (MG) e a contribuição de criadores, alguns expoentes da pecuária zebuína do País. Paulo Machado Borges teve envolvimento em diversas entidades que representam os pecuaristas em Mato Grosso do Sul, por isso escolheu a Expogrande para o lançamento da obra no Estado. A feira será realizada de 11 a 21 de abril, no Parque de Exposições Laucídio Coelho, e a data do lançamento do livro ainda será definida.
Paulo Machado Borges, acompanhado do fundador da Famasul, Sylvio Amado, e do presidente da Comissão de Meio Ambiente da Famasul, José Armando Amado, visitou o presidente da Acrissul, Francisco Maia, ocasião em que o presenteou com um exemplar da obra.
Integrante de uma das famílias pioneiras na importação do gado indiano, Paulo Machado Borges, viu nascer a ABCZ (Associação Brasileira dos Criadores de Zebu). “Integrantes da minha família lideraram a fundação da Sociedade Rural do Triângulo Mineiro (SRTM), que mais tarde se tornou a nossa querida ABCZ. Acompanhei todos os acontecimentos da Sociedade Rural”, contou.
Trabalhador incansável, pleno de energia e entusiasmo nas palavras do editor Fábio Augusto de Brito Ávila, quando nem ao longe pensava em se tornar escritor, Paulo Machado Borges trabalhou na Fazenda Campestre com o pai, Vigilato Machado Borges, e o tio, Rodolfo Machado Borges. Ali aprendeu sobre manejo de animais e pecuária seletiva do zebu. “Minha vida teve duas etapas: a primeira durante a infância e juventude, em Uberaba (MG), e a segunda quando fui trabalhar como Ovídio Miranda de Brito na pecuária extensiva”, detalhou.
Na década de 50 atuou no leste mato-grossense, noroeste paulista, Goiás e Mato Grosso, principalmente em Rondonópolis. Em 62, em sociedade cm Ovídio Brito, adquiriu uma gleba na Serra de Bodoquena, dando início à Estância Esmeralda, já em 1970, em Corumbá, fundou a Fazenda Machado de Ouro. Com larga atuação no setor ele foi presidente do Sindicato Rural em 1991, visionário realizou a 1ª Feira Internacional na Fronteira. Já em 1995 integrou a diretoria da Federação da Agricultura de Mato Grosso do Sul.
Sempre focado no trabalho com a pecuária e ouvindo da irmã, Esmeralda Machado Borges, incentivos de que deveria compartilhar lembranças do que vivenciou, somente após um acidente de carro em 2004, Paulo Machado Borges decidiu transferir para o papel tais recordações. “Durante os anos de vida útil o meu tempo era todo tomado trabalhando na pecuária e só após o meu acidente é que mudei o enfoque da minha vida e comecei a escrever meus textos. Deus me deu a luz para escrever essas histórias”.
As 240 páginas de “Memórias de um zebuzeiro” foram insuficientes para abrigar as histórias que Paulo Machado Borges traz na memória, por isso, encantado e totalmente adaptado ao universo das letras, ele já trabalha no segundo livro, por enquanto com o nome de “Memórias de um boiadeiro”, no qual relata a história da pecuária seletiva do antigo Mato Grosso e do atual Mato Grosso do Sul, além dos seus líderes tanto criadores quanto da Acrissul. “Quero lança-lo aqui em Campo Grande, na Acrissul”.