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País receberá missão sanitária da Ucrânia e técnicos do Chile

4 DEZ 2009 • POR Folha de Londrina • 00h00

Uma missão sanitária ucraniana visitará o Brasil entre março e maio de 2010 para avaliar frigoríficos exportadores de carne bovina, fazendas e toda estrutura de defesa sanitária do País. A informação foi confirmada hoje pelo secretário-executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Otávio Cançado, que está na Ucrânia para conhecer as novas regras de certificação e habilitação de frigoríficos importadores.

''Tínhamos uma incerteza jurídica do que iria acontecer, já que os ucranianos mudaram as regras, mas hoje tive uma reunião com o serviço veterinário daqui e fui tranquilizado: disseram que nunca tiveram problemas sanitários com o Brasil e que a mudança não irá afetar a carne importada'', afirmou.

''Haverá uma visita de uma delegação ao Brasil entre março e maio para verificar a qualidade do sistema veterinário brasileiro, o que não é problema algum'', completou o executivo.

Em 2008 a exportação brasileira de carne bovina para a Ucrânia disparou 567% ante 2007 e atingiu US$ 117,5 milhões, colocando o país na 13ª posição entre os mercados para o produto brasileiro. Em 2008, as exportações despencaram mais de 90% e, até outubro, atingiram US$ 24 milhões. Segundo Cançado, a crise de liquidez, os estoques altos, o fim da capacidade de financiamento dos importadores foram causas da queda na demanda. ''O maior problema é a desvalorização do dólar no Brasil e aqui, o que tornou o preço da carne muito alto; esperamos que a retomada ocorra no ano que vem com o barateamento da carne e condições melhores de financiamento'', avaliou.

A Abiec espera ainda a visita, para janeiro, de uma delegação chilena para habilitar 12 novas plantas exportadores da carne bovina. Entre 2005 e meados deste ano o Chile suspendeu as importações dos 36 unidades de frigoríficos até então habilitadas, após os casos de febre aftosa do Mato Grosso do Sul e no Paraná. No segundo semestre deste o ano o governo chileno habilitou 18 plantas industriais e, recentemente, visitou mais 12 unidades, que devem ser liberadas ainda este ano. ''Queremos, assim, ter 42 plantas habilitadas em 2010'', disse Cançado.