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Raça de ovinos corriedale representa 60% do rebanho do Rio Grande do Sul

12 NOV 2012 • POR CANAL RURAL • 02h29
A rentabilidade é uma das vantagens de criar corriedale.

 Originários do pampa uruguaio, os primeiros ovinos da raça corriedale chegaram ao Brasil no fim da década de 1930. De porte imponente, cara destapada, narinas pretas e cascos também escuros, esses animais já foram bem mais populosos pelos campos do Rio Grande do Sul, quando a ovinocultura voltada para a produção de lã era uma das principais atividades econômicas dos pampas. Hoje, apesar da redução do rebanho, os ovinos corriedale representam ainda a maioria no Estado.


– Dos quatro milhões de ovinos do Rio Grande do Sul, já foram 11 milhões, o corriedale hoje representa 60% do rebanho, por ser a raça que mais se adaptou, porque tem duplo propósito, para carne e lã – afirma o técnico da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Lauro Fittipaldi.

A aptidão para produzir lã e carne, com equilíbrio de 50% para carne e 50% para lã, foi o que motivou a criação da raça, no fim do século 19, fruto de cruzamentos realizados pelo criador neozelandês James Little. Atualmente, há 400 criadores ativos no Rio Grande do Sul, mas a raça também está presente em mais seis Estados do país.

A rentabilidade é uma das vantagens de criar corriedale. Uma ovelha a campo produz, em média, cinco a seis quilos de lã em um ano. Neste mesmo período, deixa um cordeiro que entre oito e 10 meses pode ser abatido com 50 kg e um rendimento de carcaça de 45%.