Notícias

Polícia fecha abatedouro ilegal que abastecia restaurantes de classe alta na Capital

12 JUL 2012 • POR Capital News • 20h36
Foram encontrados 31,5 carçaras de carne suína - Rodrigo Pazinato

 Policiais da Delegacia de Defesa do Consumidor (Decon), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) , Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista (Decat) e Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) fecharam um abatedouro clandestino na manhã de hoje (12), por volta das 10 horas, na região da Chácara das Mansões, a 30 quilômetros do centro de Campo Grande. O abatedouro abastecia restaurantes frequentados pela população de classe média alta.

No local foram encontrados sete freezers lotados de carne suína congelada para ser comercializada, além de carçaras. A polícia acredita que a pesagem é de aproximadamente 1 tonelada de carne suína. Também foram encontrados quatro peixes. Havia ainda um chiqueiro com vários porcos.

Foi localizada ainda uma arma de uso restrito com a numeração raspada.Na varanda da chácara estava uma mesa suja e três facas enferrujadas.

Segundo o fiscal federal agropecuário do Mapa Luis Felipe Saldanha provavelmente os porcos eram mortos com marretas e outra ferramenta chamada cachimbo. Depois eles eram pendurados em um guincho para terem retirados a pele e vísceras, que escorriam por uma tubulação, Em seguida, os porcos ficavam exposto em uma fossa que estava aberta.

As cabeças dos porcos e os pedaços de patas eram jogadas embaixo de uma árvore. O local parecia um cemitério. Os urubus ficavam no local se alimentando.Conforme o fiscal federal agropecuário Luis Felipe Saldanha, do Mapa, o proprietário deverá ser autuado e receber uma multa no valor de R$ 15 mil.

A delegada Suzimar Batistela, que estava de plantão pela Decat, informou que o proprietário Edevaldo Veloso da Silva, 60 anos, não estava no abatedouro. Três funcionários foram encaminhadas para a delegacia e deverão prestar esclarecimentos.

 Segundo a polícia, foram cometidos os crime de sonegação fiscal, crime ambiental,  contra a saúde pública e contra o consumidor, maus-tratos contra animais e furto de energia. Os animais não têm origem determinada e eram abatidos em lugares impróprios.